(Foto: Divulgação / Câmara)
Na sessão de segunda-feira (27), o vereador Paulino Renz (PDT) voltou a repercutir a visita de representantes do sindicados médicos, ocorrida na semana passada. Eles apresentaram queixas e reivindicações do grupo de médicos da Emergência 24h, citando inclusive o vereador Paulino, que seguidamente aponta reclamações no atendimento.
– Nunca tive nada pessoal contra um médico, nunca falei o nome de nenhum deles. Eu não estou aqui para difamar médico, estou para cobrar para eles fazerem certo o atendimento do povo. É o mínimo que eles têm que fazer, são pagos para isso – comentou.
O pedetista também reclamou do colega Ramon Arnold (PP).
– Tem vereador bom de discurso aqui, inteligente, e vou citar o nome, porque eu não sou de ficar em cima do muro: um é o vereador Ramon, um rapaz inteligente, me dá de 10 a 0 em inteligência, bom de discurso, mas ruim de trabalho pelo povo de Dois Irmãos. Queria que tu tivesse tempo, Ramon, e saísse comigo só uma semana na cidade pra ver o quanto o povo ia te pedir ajuda para defender eles. O vereador vem aqui cobrar da saúde e tu vem aqui debater contra o vereador – declarou Paulino.
Darlei Kaufmann (PSB), por sua vez, chamou atenção para os apontamentos feitos pelas entidades sindicais:
– A vinda destes profissionais, independente das motivações, foi extremamente importante. Precisamos absorver as palavras, e que nos sirvam de norte para algumas questões. Estamos a toda hora trocando de secretário da Saúde, já passaram algumas administradoras no nosso hospital, o problema não vem de agora, e parece que estamos andando em círculo. Talvez a gente precise ouvir um posicionamento do secretário (da Saúde) sobre o que foi falado aqui – observou o vereador.
Ramon Arnold (PP) disse que também é procurado por questões na área da saúde e que procura ajudar com informações de como acessar os serviços.
– Atendo muita gente que manda mensagem, mas eu, de fato, nunca prometi levar ninguém em hospital, nunca disse que ia resolver problema de A, de B, de C. Procuro sempre indicar o secretário da Saúde para falar. Penso que, diferentemente de tentar resolver problemas de A, de B, de C, a gente pode, sim, tentar trazer informação. Acho que nessas horas você deve ser transparente e dizer como funciona o sistema de saúde – afirmou ele.
Celina Christovão (MDB) comentou que não concorda com a manifesta dos sindicatos a respeito dos atendimentos nas Unidades Básicas de Saúde.
– Trabalhei em todas as UBSs e hoje estou na do Centro. Todas funcionam desta mesma forma: temos 40% de agendamento e 60% de emergência, então não precisa correr no Postão. Hoje nós estamos com a UBS do Centro (atendendo) até as 19h. Por exemplo: curativos e aplicação de medicação, que fazíamos tudo na Emergência, agora na UBS Centro. A gente já deu mais esse suporte para ajudar. Falo mais uma vez: se eles fizessem um bom acolhimento ali na frente, uma boa triagem, não ia ter aquele tumulto – disse ela.
“O município está fazendo o melhor possível”, diz Elony
Para Elony Nyland (MDB), Dois Irmãos ainda está à frente de muitos municípios.
– Temos reclamações, sim, mas o secretário Tavares está fazendo um excelente trabalho. A saúde não está mal assim como falam. Eu converso com diversas pessoas e têm mais elogios do que críticas. Eu tenho amigos que vêm de outras cidades dizendo que lá a saúde é precária e que aqui em Dois Irmãos tem muitos exames, muitas consultas e que o trabalho está sendo bem feito. Vou acreditar em quem? O município está fazendo o melhor possível para todos os moradores – ponderou o vereador.
Sergio Kroetz (PP) também enalteceu o trabalho do secretário Nilton Tavares.
– A nossa cidade é privilegiada em vários aspectos. Admiro muito o trabalho do Paulino, sei que ele vai atrás, mas é uma pena que não conseguimos atender a todas as demandas. O nosso secretário Tavares assumiu uma bronca, pois a gente sabe que a saúde não é fácil, mas acredito que ele está fazendo um bom trabalho – comentou.
Na parte final da sessão, Ramon voltou à tribuna e dirigiu-se à colega Celina:
– Tu comentaste que seria 40% de eletivo e 60% de livre demanda, e eu tinha números inversos. Talvez esta seria uma explicação que o secretário pudesse dar para nós; ele tinha comentado comigo que era 60% de eletivo (agendados) e 40% de acolhimento. É esse mesmo ponto que estamos convergindo, de que tem ociosidade, de que tem possibilidade de jogar mais demanda para os postos, e aí a gente ter a diligência de fiscalizar se tem médico, se tem bom atendimento – concluiu o líder de governo.