Desafios da Educação para Jovens e Adultos aumentam em tempos de pandemia

31/07/2020
Vice-diretora Sandra e diretora Eleandra

Vice-diretora Sandra e diretora Eleandra

Diante da suspensão das aulas presenciais no final de março, em razão do coronavírus, o programa de Educação para Jovens e Adultos (EJA) de Dois Irmãos, que ocorre na escola municipal Paulo Arandt, no bairro São João, precisou se adaptar ao ensino remoto, assim como as turmas de ensino regular. 
De acordo com a diretora Eleandra Gnoatto Ferreira, neste primeiro semestre a EJA conta com 19 alunos, com idades entre 16 e 30 anos, cursando o 8º e o 9º ano do ensino fundamental. Segundo ela, mesmo com as mudanças, não foi registrada qualquer evasão, o que é motivo de orgulho para a equipe da escola. A turma concluirá os estudos no próximo dia 18 de agosto.  
Sem encontros presenciais, o grupo de oito professores da EJA está utilizando o Google Classroom para disponibilizar os conteúdos e lançar as atividades aos estudantes. Conforme Eleandra, os alunos já tinham contato com a plataforma antes da pandemia, nas sextas-feiras, quando as aulas ocorriam à distância. Além do Classroom, os conteúdos também são encaminhados através do WhatsApp, tendo em vista que há alunos sem acesso a computador ou internet Wi-Fi em casa. Os retornos das atividades ocorrem pelos mesmos canais. “Há alguns casos em que os alunos imprimem as tarefas, realizam e as entregam na escola”, completa a vice-diretora Sandra Bressan Becker.
Mesmo diante das mudanças que foram necessárias em razão do isolamento social, as educadoras destacam que os resultados vêm sendo positivos. “Apesar de todos os desafios, eles não desistiram; não deixaram de realizar as atividades, de solicitar explicações quando há dúvida”, conta Sandra, destacando o orgulho em ver o empenho dos estudantes. Segundo ela, alguns se mostram inclusive mais envolvidos e responsáveis do que antes, nas aulas presenciais. 
Apesar das atividades estarem sendo desenvolvidas com êxito, Sandra lamenta a perda da interação que se tem em uma aula presencial. “Falta o olho no olho entre alunos e professores; a oportunidade de tirar dúvidas naquele momento específico, de poder debater, de ajudar os colegas”, finaliza. 

 


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