São mais de 10 anos de luta contra o câncer de mama. Dedicada a cuidar da saúde, ela caminha diariamente no Complexo Esportivo
Com um sorriso largo e acreditando na cura, a aposentada Maria Teresinha de Christo, de 61 anos, compartilha a sua história, marcada por mais de 10 anos de luta contra o câncer de mama.
Moradora do bairro São João, ela recebeu o primeiro diagnóstico da doença em agosto de 2010. Na época, descobriu um nódulo na mama esquerda e iniciou o tratamento. Em 2016, descobriu o câncer na mama direita. De lá para cá, realizou novamente o tratamento e segue em acompanhamento no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre.
Agora, dona Maria Teresinha vive a expectativa de uma consulta agendada para dezembro, quando os médicos dirão se seguem ou encerraram o tratamento. Ela está confiante na cura! “Sinto-me vitoriosa, guerreira; nunca me entreguei. Sempre penso positivo e acredito que vai ficar tudo bem”, diz ela.
Suspeita durante autoexame
Maria Teresinha sempre foi muito atenta aos sinais que o seu corpo dava. Durante um autoexame da mama, percebeu um caroço e comentou o fato no Hospital de Clínicas, onde estava em tratamento em razão de outro problema de saúde. Após a realização de exames, a confirmação do diagnóstico de câncer. “Os médicos chamaram minha família e disseram que era maligno e agressivo; deram-me poucos dias de vida. Na hora, falei: ‘Não senhor! Jesus está me dando muitos e muitos anos de vida, e com saúde’. E foi assim que enfrentei todo o tratamento até aqui, com muita fé em Deus”, conta ela, que foi submetida à cirurgia em janeiro de 2011.
Um mês após o procedimento, iniciou as sessões de quimioterapia. “Foram 8 meses de quimioterapia, a cada 21 dias. Foi a parte mais difícil do tratamento. Depois, realizei 25 sessões de radioterapia, mas na Santa Casa (também na Capital)”, recorda a moradora. O segundo diagnóstico ocorreu em 2016, quando descobriu o câncer na mama direita. Em novembro, Maria Teresinha foi submetida à cirurgia. Desta vez, precisou realizar apenas as sessões de radioterapia. Foram 16 no total.
Felizmente, de lá para cá, os exames não apresentaram alterações. Na esperança de findar o tratamento ainda este ano, ela já estende sua gratidão àqueles que a ajudaram nos últimos anos. “Acima de tudo, agradecer muito a Deus. Também aos médicos, à medicina e à minha família”, diz ela, agradecendo, em especial, à Liga Feminina de Combate ao Câncer. “A Liga fez parte do meu tratamento, me dando força, me ajudando com doações, com psicólogo”, comenta.
A queda do cabelo
Ao perceber que o seu cabelo estava caindo, em razão da quimioterapia, na época dona Maria Teresinha chamou uma vizinha para cortá-lo. “Liguei para ela e pedi que pegasse a máquina e viesse até a minha casa. Ela chorou e eu me mantive forte, dizendo que meu cabelo viria ainda mais bonito”, lembra ela.