Tragédia aconteceu no final de semana
Nesta segunda-feira (2), a Polícia Civil de Dois Irmãos ouviu o depoimento do pai da menina Ana Clara Rubbo Gomes, de 7 anos, que foi encontrada carbonizada ao lado da mãe, Lígia Coelho Rubbo, de 42 anos, dentro de um veículo na tarde de domingo (1º), na Picada Verão, em Dois Irmãos.
A polícia trata o caso como homicídio e suicídio, com a tese de que a mulher tenha provocado a própria morte e a da sua filha. Segundo a polícia, Lígia deixou uma carta, alegando “que não aguentava mais” e que também “não queria deixar a menina sem mãe”.
Durante conversa com a equipe da polícia, o homem relatou que a ex-companheira sofria de depressão desde os 18 anos de idade e que se tratava em razão disso. Segundo o delegado Borba, ele relatou que Lígia teria atentado contra a própria vida já em setembro do ano passado. Na época, foi encontrada desacordada dentro do carro, estacionado em via pública. Socorrida, foi levada para atendimento médico e precisou ficar internada. Conforme o delegado Borba, naquela circunstância, o próprio ex-companheiro ajudou a salvar a vida dela, ao alertar a polícia para que arrombassem o carro, suspeitando que ela pudesse ter tentado o suicídio através da ingestão de medicamentos.
Separados desde outubro do ano passado, atualmente a menina morava com o pai, em Canoas. Até o fim do ano passado, Ana Clara era aluna de uma escola privada do município, onde era descrita como uma menina meiga, querida e muito atenciosa. No último final de semana, estava a passeio na casa da mãe, no bairro Vale Esquerdo. No local, moradores também descreveram a menina de forma muito carinhosa.
