Fonte: Governo RS – Fotos: Gustavo Mansur/Secom
Com um incremento de 5,96% de público e de 11,76% em volume de negócios, a 46ª Expointer conseguiu um feito que parecia impossível: superar, em números, a edição de 2022, que bateu todos os recordes. Neste ano, foram 818.943 visitantes contabilizados até as 13h30 de domingo (3/9) e R$ 7.986.726.414,99 em comercialização.
“O significado da Expointer reside menos no comparativo de um ano para o outro e mais na sua efervescência, que demonstra o vigor da agropecuária do Rio Grande do Sul e a consolidação cada vez maior desse setor”, ressaltou o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes.
A empresa responsável pela bilheteria atualizou o número de público após a consolidação dos dados de segunda (28) e terça-feira (29), com o registro de todas as vendas online e estornos necessários, além da contabilização de acessos por credenciais, de autoridades e gratuidades. Uma novidade desta edição foi a inclusão da categoria de Insumos na contabilidade de comercialização, com dados apurados pelo Sistema Ocergs/Sescoop junto aos cooperados: foram R$ 86.755.237,00 em negócios. A apresentação dos dados na Casa da Secretaria de Comunicação, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, contou com a participação de todos os copromotores, que também já anunciaram a data da Expointer para 2024: de 24 de agosto a 1º de setembro.
O secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, celebrou mais um número recorde do Pavilhão da Agricutura Familiar, que é organizado em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a Via Campesina, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do RS (Fetraf), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no RS (Fetag), a Emater/RS-Ascar e a Universidade Federal do Rio Grande (Furg). “Demonstra a grandeza desse setor que representa 80% dos endereços rurais produtivos no Estado. A quantidade de jovens empreendedores também demonstra que a sucessão rural está sendo uma realidade. Foram 377 empreendimentos expositores, sendo 63% comandados por mulheres. Mais uma conquista a ser celebrada”, afirmou.
A superação de números recordes da edição passada foi citada pela subsecretária do Parque de Exposições Assis Brasil, Elizabeth Cirne-Lima, como algo a ser comemorado, mas também ressaltou a importância de outros números que não estão no compilado de resultados apresentados, como, por exemplo, a Escola do Chimarrão, que disponibilizou mais de 1,2 tonelada de erva-mate ao público visitante. “Muito mais que o anseio de bater os números, ficamos surpreendidos com a fala do ministro [da Agricultura e Pecuária] Carlos Fávaro, dizendo que conhecia muitas feiras no mundo e no Brasil e que esse é o parque mais bonito que já viu. Existem valores que não são expressos em números, como os comentários positivos que ouvimos ao longo da feira, fruto de investimentos e organização pensando no conforto, bem-estar e segurança das pessoas”, destacou.
Entidades copromotoras demonstram a força da Expointer
João Francisco Wolf, presidente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac):
“Tivemos uma pequena queda na venda dos animais, mas nada assustador. Acredito que o RS Innovation Agro vem trazendo novas e boas oportunidades para o setor. Se no ano passado o RS Innovation Agro contabilizou R$ 3,5 milhões, neste ano, só um contrato está com R$ 9,9 milhões em intenção de negócios”.
Eugênio Zanetti, vice-presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS):
“Das pessoas que visitam a Expointer, poucas têm como comprar máquinas ou animais, mas todos chegam ao Pavilhão da Agricultura Familiar e saem com pelo menos uma sacolinha. Inovação e criatividade vêm marcando os produtos da agricultura familiar a cada edição”.
Leonardo Paschoal, prefeito de Esteio:
“A prefeitura destacou 180 servidores de seis secretarias, desde 27 de junho, para trabalhar pela Expointer. Fizemos 108 inspeções sanitárias e, pela primeira vez, não tivemos nenhum auto de infração, apreensão ou inutilização de mercadorias, o que demonstra as boas práticas de fabricação dos expositores. Tivemos um crescimento de 47% no faturamento do comércio e, fora dos portões do Parque Assis Brasil, a taxa de ocupação da rede hoteleira da região ficou em mais de 86%. Os dividendos conquistados com a Expointer são compartilhados por todos os municípios gaúchos”.
Claudio Bier, presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers):
“Cada ano é uma corrida com obstáculos, em que devemos fazer mais esforço para superar a edição anterior. A tecnologia que o setor imprime às máquinas é o que vem atraindo os produtores, ao permitir produzir muito mais, no mesmo pedaço de chão”.
Domingos Velho Lopes, vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul):
“O ativo mais importante dessa feira chama-se produtor rural. O governo deu a oportunidade para que os produtores conquistassem resultados expressivos na Expointer. Apostem nesse ativo, porque daremos as melhores respostas à sociedade gaúcha como um todo”.
Darci Hartmann, presidente da Organização Cooperativa e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sistema Ocergs-Sescoop/RS):
“O Rio Grande do Sul é um caso a se estudar: cruzei o Estado em vários pontos, para ver a extensão da seca este ano. E aí você olha a Expointer e fica impressionado com esses números. O produtor gaúcho tem tenacidade, uma capacidade de buscar inovação e melhorias. Temos 3,6 milhões de pessoas associadas a cooperativas, é quase um terço da população do Estado”.