Chevrolet Onix continuará com produção suspensa por quase dois meses

07/07/2021
Fonte: Autoesporte

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A liderança do Fiat Argo no ranking de vendas de 2021 não é à toa. Seu maior rival (e líder até então) Chevrolet Onix não é fabricado desde abril deste ano por conta da crise de abastecimento de semicondutores.

A linha de montagem da segunda geração do hatch e do Onix Plus foi completamente interrompida em Gravataí (RS) desde o dia 5 de abril. A unidade da GM em São Caetano (SP) também está paralisada, mas ela chegou a operar por algumas semanas nos últimos meses para a produção de Tracker, Spin, Joy e Joy Plus. A fábrica de São José dos Campos, também em São Paulo, é a única que segue em operação com a linha da S10 e Trailblazer. A GM já vê uma luz no fim do túnel, mas ele ainda é comprido. Segundo a marca, a produção em Gravataí está prevista para ser reiniciada no dia 16 de agosto, totalizando uma paralisação de 133 dias. Em nota, a montadora afirma que “segue trabalhando com seus fornecedores para retomar a produção regular o mais rápido possível”.

Um dos motivos alegados pela empresa para a interrupção mais prolongada foi o reaquecimento do mercado automotivo mais rápido do que o esperado. A GM também justificou o impacto mais expressivo na linha do Onix em razão da maior presença de semicondutores no compacto, ainda que modelos com mais tecnologia embarcada, como Jeep Compass e Toyota Corolla Cross, não tenham tido paralisações tão longas na produção.

 

Entenda a problema

Semicondutor é o nome genérico dado a diferentes matérias-primas usadas na produção de componentes tecnológicos, sobretudo microchips. A paralisação global na indústria automotiva fez com que os produtores de semicondutores passassem a priorizar as empresas de tecnologia, pois a demanda por computadores, celulares e até videogames disparou durante a pandemia e com a adoção maciça do home-office.

Com a volta gradual das atividades do setor automotivo, montadoras começaram a encarar uma falta generalizada de semicondutores, pois a produção desses componentes não cresceu no mesmo ritmo da demanda. O impacto do problema é mundial e não tem data para acabar, já que nada indica que a produção de artigos eletrônicos será reduzida nos próximos meses.


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