(Foto: Divulgação / Diocese)
No início da semana, a Diocese de Novo Hamburgo publicou uma mensagem do bispo Dom João Francisco Salm a respeito da tragédia que assola o Rio Grande do Sul. Municípios da região, principalmente Novo Hamburgo e São Leopoldo, também estão sofrendo com as cheias e suas terríveis consequências.
– Certamente nós ainda não nos damos conta do tamanho e da gravidade desta catástrofe. Houve muita apreensão, muita aflição, muito medo, muita dor, perdas de vidas humanas, perdas materiais, muita destruição. Aqui a inundação é grande, muita gente precisou sair de suas casas, buscando outros abrigos – disse Dom João.
Ele destacou a importância do trabalho voluntário e da solidariedade da população.
– No meio de tudo isso, eu gostaria de poder ressaltar coisas que são realmente maravilhosas e não podem deixar de nos comover: o esforço, o empenho, a generosidade, a dedicação de muita gente. Quero manifestar publicamente o meu reconhecimento de gratidão aos padres, ao que os padres estão fazendo em suas paróquias para motivar as pessoas, reuni-las em grupos de trabalho de cozinha, preparando refeições. Estão sendo disponibilizados espaços nas nossas comunidades, os salões, as salas que se tem, os nossos seminários. Os seminaristas estão envolvidos no trabalho, na ajuda onde já se está fazendo a operação de limpeza e recuperação daquilo que é possível. Até mesmo paróquias pobres estão se movimentando muito: além de prepararem refeições, estão abrigando pessoas que tiveram que sair de suas casas. Isso é fruto da vida comunitária que nós cultivamos. Passamos dias, meses, anos lutando para sermos comunidades vivas, ativas, e que nessa hora se manifestam, mostram o resultado de tanto trabalho, empenho, esforço. Deus seja louvado por isso – afirmou.
Por fim, pediu que todos permaneçam firmes para superar este momento delicado.
– Quero pessoalmente agradecer, em nome da Diocese, por tudo isso que eu tenho constatado. Eu sei que tudo isso produz muita canseira, pode levar a momentos de desânimo, mas é preciso que cuidemos de nós, da saúde, do descanso para podermos continuar o trabalho que nos dias que estão pela frente ainda será grande. Agora, na hora da volta para casa, de ver tudo destruído, da operação limpeza, tudo isso requer que nos unamos, que tenhamos serenidade e façamos aos poucos, recuperando o que for possível na medida do possível. Peço que todos mantenham dentro de si a tranquilidade e não deixem sentimentos de desânimo tomar conta ou que, de repente, o espírito da desagregação invada o nosso coração. Precisamos nos manter muito serenos, tranquilos, confiantes e certos de que Deus está conosco para podermos superar tudo isso – concluiu o bispo.
