Brasil tem 2,6 milhões de pedidos de seguro-desemprego na pandemia

09/07/2020
Fontes: G1 / Gaúcha ZH

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A Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia informou nesta quinta-feira (9) que foram registrados 653,2 mil pedidos de seguro-desemprego em junho. O número é 28,4% maior que o verificado no mesmo mês do ano passado, quando houve 508,9 mil solicitações. Com os dados de junho, o número total de pedidos do benefício subiu para 2,59 milhões desde a segunda quinzena de março, quando a economia brasileira começou a sentir os efeitos da pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o ministério, os três estados com maior número de requerimentos de seguro-desemprego, no mês de junho, foram: São Paulo (199.066); Minas Gerais (70.333); Rio de Janeiro (52.163). Em relação aos setores econômicos, os pedidos de junho estão distribuídos entre serviços (41,7%); comércio (25,4%); indústria (18,7%); construção (10,1%); agropecuária (4,1%). Nos seis primeiros meses deste ano, informou o Ministério da Economia, foram contabilizados 3,9 milhões pedidos de seguro-desemprego. O número representa um aumento de 14,8% em comparação com o mesmo período de 2019 (3,4 milhões).


Efeitos da pandemia
A pandemia do coronavírus foi oficialmente declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março. Os estados brasileiros começaram a anunciar medidas de distanciamento social, progressivamente, a partir de meados daquele mês. As medidas de isolamento também afetaram a economia, na medida em que estados passaram a permitir apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais, como supermercados e farmácias. Boa parte do comércio e dos serviços parou nas semanas seguintes à decretação da pandemia, e também houve queda forte na produção industrial.
As restrições, porém, não foram suficientes para conter o avanço da doença no país, que se tornou um dos epicentros da pandemia no mundo. Agora, boa parte dos estados está começando a retomar as atividades, mesmo com os números elevados de casos, e há dúvidas se serão necessários novos fechamentos no futuro. Uma incerteza que também vem impactando a atividade econômica.


Rio Grande do Sul
Em junho, o total de solicitações no Estado foi de 41,6 mil, alta de 25,5% frente a igual período de 2019. Trata-se do maior volume para o mês desde 2016 (41,8 mil), indicam dados consultados por GaúchaZH no site do Ministério da Economia. Apesar da elevação, há um sinal de que o pior pode ter ficado no retrovisor. Na comparação com maio (66,8 mil), o Estado teve baixa de 37,6%. Resta saber se o número continuará perdendo fôlego nos meses seguintes. Com o avanço da Covid-19, o Rio Grande do Sul voltou a elevar restrições, o que impacta segmentos diversos da economia.
Em junho, 33,4% dos pedidos foram registrados por trabalhadores do setor de serviços, seguidos pelo grupo da indústria (27,7%). No acumulado desde a segunda quinzena de março, quando os gaúchos passaram a conviver com mais restrições, o número de pedidos de seguro-desemprego chegou a 177,6 mil. Não quer dizer que todos os benefícios tenham sido requeridos por causa da crise do coronavírus. Mas a pandemia é o principal motivo da destruição recente de empregos em todo o país.


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