Fonte: Governo RS
A economia do Rio Grande do Sul registrou alta de 2,5% no segundo trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) mostram um avanço de 27,7% quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado. Em ambos os casos, as taxas do Estado superam o desempenho registrado no Brasil (-0,1% e +12,4%, respectivamente).
No acumulado de 2021, a alta no PIB do Estado chega a 16,2% quando comparado com o primeiro semestre de 2020, desempenho também superior ao observado no país (+6,4%). Os resultados referentes ao segundo trimestre do ano foram divulgados por meio de videoconferência nesta quinta-feira (9/9) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG).
Os destaques do período foram a Agropecuária, que avançou 5,6%, e o setor de Serviços, com alta de 1% na comparação com o primeiro trimestre de 2021. Os dois segmentos tiveram resultados superiores ao do Brasil (-2,8% e +0,7%, respectivamente). Na Indústria, o setor apresentou queda de -4,6% no período, puxado pelo resultado negativo da Indústria de transformação (-5,4%), a mais representativa indústria do Rio Grande do Sul.
– Os resultados do segundo trimestre e do acumulado do ano são reflexos da recuperação da forte estiagem que atingiu o Estado durante os meses de verão em 2020, que tiveram consequências significativas sobre a produção agrícola gaúcha. No acumulado do ano, ainda temos o bom desempenho da indústria gaúcha, sobretudo nos primeiros meses do ano – destaca a pesquisadora e coordenadora da Divisão de Análise Econômica do DEE, Vanessa Sulzbach.
2º trimestre 2021 x 2º trimestre 2020
Quando a comparação é feita com o mesmo período do ano passado, o destaque positivo segue sendo a recuperação da Agropecuária. O setor apresentou crescimento de 103,7%, sendo as principais contribuições o aumento na produção de soja (+80,6%), arroz (+6,3%) e milho (+4,3%). No Brasil, o segmento registrou alta de 1,3% em igual período.
Na Indústria, o desempenho gaúcho também ficou acima do nacional (+21,2% contra 17,8%), com destaque para o resultado da Indústria de transformação (+24,9%), da atividade de Eletricidade e gás, esgoto e limpeza urbana (+21%) e da Construção (+9,5%). Considerando apenas a Indústria de transformação, a alta foi puxada pela fabricação de Máquinas e equipamentos (+51%), Couro e artefatos de couro, Artigos para viagem e calçados (+67,8%), Produtos de metal (+50,1%) e Veículos automotores, reboques e carrocerias (+50,1%). O único desempenho negativo do segmento foi da atividade de Produtos alimentícios (-2,4%).
No setor de Serviços, a alta geral foi de 9,3%, abaixo dos 10,8% do país. O resultado positivo foi influenciado pelas variações do Comércio (+18,1%), Transporte, armazenagem e correio (+18,9%) e Outros serviços (+16,9%). Especificamente no segmento do Comércio, oito das dez atividades avaliadas registraram alta, em especial o Comércio de veículos (+31,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (+86,1%) e Tecidos, vestuário e calçados (+92,3%). As duas quedas foram observadas nas atividades de Hipermercados e supermercados (-6,7%) e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-9,5%).
Quatro trimestres
No acumulado em quatro trimestres, o PIB do Rio Grande do Sul apresentou alta de 6,5%, enquanto no país o resultado foi positivo em 1,8%.