BMW e Toyota prometem carro a hidrogênio para 2028; veja como funciona

12/09/2024
Fonte: Autoesporte / Foto: Divulgação

Fonte: Autoesporte / Foto: Divulgação

A BMW confirmou que vai lançar o seu primeiro carro movido a hidrogênio (FCEV) com produção em série a partir de 2028. O veículo será desenvolvido em parceria com a Toyota, pois as empresas são parceiras há 12 anos no desenvolvimento deste tipo de tecnologia.

O carro será baseado no iX5 Hydrogen, que teve menos de 100 unidades produzidas e roda em testes por várias regiões do mundo – Autoesporte foi até os Estados Unidos dirigir o modelo. A marca japonesa também tem o seu carro a hidrogênio, o Mirai.

 

Como funciona?

Na prática, um carro movido a hidrogênio funciona como um veículo elétrico qualquer. Porém, em vez de se alimentar da energia proveniente de baterias, utiliza o gás armazenado em tanques instalados sob o assoalho. No caso do iX5, são dois. Um deles é colocado longitudinalmente no centro do monobloco; outro transversalmente, sob os bancos traseiros.

Juntos, esses tanques comportam 6 kg de hidrogênio, o suficiente para dar 500 km de autonomia ao modelo, considerando o ciclo europeu. O hidrogênio é dividido em prótons e elétrons. Esses prótons passam por uma membrana eletrolítica, enquanto os elétrons seguem por outro caminho, formando uma corrente elétrica que é aproveitada pelo motor e pelas baterias de lítio localizadas na parte traseira do veículo, sob o porta-malas.

O resultado dessa reação é água pura, sem minerais, que sai da parte de baixo da carroceria – fenômeno semelhante ao dos aparelhos de ar-condicionado veiculares.

No caso do iX5, a célula de combustível gera 170 cv de potência, mas ela opera praticamente o tempo todo, enquanto o carro está ligado. A energia gerada nesse equipamento alimenta um acumulador que garante outros 231 cv que, somados, chegam aos 400 cv de potência, de acordo com a BMW.

A BMW e a Toyota desenvolverão em conjunto o sistema de trem de força para veículos de passeio, com a tecnologia de célula de combustível central (as células de combustível individuais de terceira geração) criando sinergias para aplicações em veículos comerciais e de passeio.

O resultado dessa parceria será utilizado em modelos das duas marcas. Porém, as fabricantes garantiram que os produtos vão manter identidades e características distintas de cada uma.

Além de desenvolver a tecnologia, as empresas vão expandir a infraestrutura de reabastecimento de hidrogênio. A BMW também afirma que a chegada da tecnologia FCEV conviverá com modelos elétricos, híbridos e a combustão da marca.


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