Fonte: Autoesporte
O volume de vendas de carros elétricos no Brasil ainda é baixo – apenas 0,4% do total de emplacamentos. A primeira participação relevante seria já em 2030, quando 22% dos carros vendidos devem ser elétricos. O volume salta para 35% em 2035 e atinge 55% em 2040. Mas há potencial para que o país se torne um dos grandes mercados globais.
É o que revela o estudo “Acelerando a mudança rumo à Mobilidade Sustentável no Brasil”, da McKinsey & Company. Um dos principais pontos diz respeito ao interesse do brasileiro por uma mobilidade mais sustentável. Segundo a análise, 44% da população brasileira busca uma alternativa sustentável para seus deslocamentos, enquanto a média global é de 33%. Outros dados confirmam a vantagem do país na preferência da sua população, já que 24% se entusiasmam com a mobilidade limpa contra 18% na média global. Outros 26% pretendem comprar um carro sustentável em breve (15% elétrico e 11% híbrido).
Apesar das ressalvas quanto ao preço de aquisição e uso em viagens, 30% comprariam um elétrico mesmo sem a possibilidade de recarga em casa. Além disso, 55% estão dispostos a pagar entre 5% a 20% a mais na comparação com um modelo a combustão equivalente. No entanto, 40% ressaltam que o preço é uma das maiores preocupações.
Mercado bilionário e incentivos necessários
O estudo aponta ainda em quais itens o Brasil precisa avançar para acelerar a eletrificação da sua frota: incentivos para o consumidor; incentivo para a indústria local; investimento na infraestrutura de recarga; adequação da geração e transmissão de energia. O mercado de carros elétricos gerou receitas de US$ 1 bilhão (R$ 5,22 bilhões) no Brasil em 2022, mas irá quadruplicar até 2025 e chegar aos US$ 65 bilhões (quase R$ 340 bilhões) em 2040.