Cerca de 6,4 mi de contribuintes ainda não entregaram declaração do IR

30/05/2024
Fonte: Agência Brasil – GZH / Foto: Pixabay

Fonte: Agência Brasil – GZH / Foto: Pixabay

A dois dias do fim do prazo de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, pouco mais de 6,43 milhões de brasileiros ainda não acertaram as contas com o Leão. Até as 17h46 de segunda-feira (27), a Receita Federal recebeu 36.610.161 declarações. Isso equivale a 85,14% das 43 milhões de declarações esperadas para este ano.

O prazo de entrega da declaração começou às 8h de 15 de março e vai até as 23h59min59s de 31 de maio. O novo intervalo, segundo a Receita, foi necessário para que todos os contribuintes tenham acesso à declaração pré-preenchida, que é enviada duas semanas após a entrega dos informes de rendimentos pelos empregadores, pelos planos de saúde e pelas instituições financeiras.

Segundo a Receita Federal, 63,3% das declarações entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 19,8% terão que pagar Imposto de Renda e 16,8% não têm imposto a pagar nem a receber. A maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador (82,1%), mas 10,6% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da Receita), e 7,3% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.

Um total de 40,4% dos contribuintes que entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida, por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento, bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto simplificado representa 56,9% dos envios.

Quem declarou mais cedo e entrou nas listas de prioridades está perto de receber o primeiro lote de restituição. Nesta sexta-feira (31), o Fisco pagará R$ 9,5 bilhões a 5.562.065 contribuintes.

 

Novo prazo

Até 2019, o prazo de entrega da declaração começava no primeiro dia útil de março e ia até o último dia útil de abril. A partir da pandemia de covid-19, a entrega passou a ocorrer entre março e ia até 31 de maio. Desde 2023, passou a vigorar o prazo mais tardio, com o início do envio em 15 de março, o que dá mais tempo aos contribuintes para prepararem a declaração desde o fim de fevereiro, quando chegam os informes de rendimentos.

Segundo a Receita Federal, a expectativa é que sejam recebidas 43 milhões de declarações neste ano, número superior ao recorde do ano passado, quando o Fisco recebeu 41.151.515 documentos. Quem enviar a declaração depois do prazo pagará multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.

 

Novidades

Neste ano, a declaração teve algumas mudanças, das quais a principal é o aumento do limite de rendimentos que obriga o envio do documento por causa da mudança na faixa de isenção. O limite de rendimentos tributáveis que obriga o contribuinte a declarar subiu de R$ 28.559,70 para R$ 30.639,90.

Em maio do ano passado, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época. A mudança não corrigiu as demais faixas da tabela, apenas elevou o limite até o qual o contribuinte é isento.

Mesmo com as faixas superiores da tabela não sendo corrigidas, a mudança ocasionou uma sequência de efeitos em cascata que se refletirão sobre a obrigatoriedade da declaração e os valores de dedução. Além disso, a Lei 14.663/2023 elevou o limite de rendimentos isentos e não tributáveis e de patrimônio mínimo para declarar Imposto de Renda.

 

 

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Prazo para declaração é adiado em 399 cidades gaúchas

 

Subiu para 399 o número de municípios onde contribuintes tiveram o prazo de envio da declaração do Imposto de Renda adiado de 31 de maio para 30 de agosto de 2024 – Dois Irmãos, Morro Reuter e Santa Maria do Herval estão na lista. A decisão da Receita Federal se deve às enchentes no Rio Grande do Sul.

O pagamento de tributos também foi adiado. O Sistema de Cálculo de Acréscimos Legais (Sicalc) foi atualizado na semana passada e já está emitindo o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) corretamente. Para os contribuintes que haviam optado pelo pagamento da 1ª cota ou da cota única em débito automático em 31 de maio, já foi realizado o reagendamento para 30 de agosto.

Já o Programa Gerador de Declaração (PGD) ainda não foi atualizado, então as DARFS ainda estão saindo como 31 de maio, mas uma nova versão será disponibilizada em junho. Não haverá necessidade de entregar nova declaração para quem entregar com a versão antiga do PGD, bastará reemitir o DARF no programa, no SISCAC ou ainda no e-CAC.


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