57,4% das indústrias estão com a produção parada no Estado, aponta Fiergs

31/03/2020
Fonte: GaúchaZH

Fonte: GaúchaZH

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (31) apontou que 57,4% das indústrias gaúchas paralisaram a produção e 15,9% tiveram uma queda intensa na atividade. O estudo, produzido pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), também destacou que 83,3% das empresas registraram queda na demanda por seus produtos.
— Há problemas de toda ordem para se manter a produção. Faltam insumos e matéria-prima, existe dificuldade de logística de transporte, cancelamento de pedidos. É fundamental o retorno gradativo às atividades, seguindo-se as recomendações de saúde, como teletrabalho e isolamento para grupos de risco, distanciamento entre pessoas, enfim, protocolos de contingência para que o ano não seja perdido — afirma o presidente da Fiergs, Gilberto Porcello Petry. 
O levantamento se dá no contexto da pandemia do novo coronavírus, que já infectou 274 pessoas no Estado e deixou quatro mortos, conforme dados da Secretaria Estadual da Saúde. Para o estudo da Fiergs, foram consultadas 193 indústrias entre 26 e 27 de março. A pesquisa também apontou dificuldade em manter as linhas de produção funcionando. Em 85,9% das empresas há problemas para conseguir insumos e matérias-primas. Além disso, quase nove em cada 10 não conseguem transportar seus produtos e matérias-primas.
Entre as indústrias que se mantêm operando, 31,8% relataram queda, intensa ou não, na produção.  Apenas 6,7% afirmaram que houve aumento na demanda — impacto sentido por alguns fabricantes dos ramos alimentício, químico, farmoquímico e farmacêutico. A maior consequência diante do contexto da covid-19 foi a queda do faturamento, resposta dada por 75,4% das empresas. Além disso, 51,8% das indústrias reportaram o cancelamento de pedidos e encomendas.
A principal medida tomada pelas instituições para lidar com o impacto da pandemia foi o trabalho domiciliar (56,7%), seguida do afastamento de empregados com sintomas (40,7%)  e férias para parte dos empregados (39,2%).  A dispensa e demissão de funcionários foram adotadas por 17,5% das empresas pesquisadas.

 


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