Fonte: Globo Esporte
Em resposta ao protocolo médico nacional da CBF, o Ministério da Saúde se disse favorável à retomada do futebol. No documento, uma minuta de parecer, que já chegou à CBF e a diversos clubes, o órgão do Governo Federal faz diversas ressalvas sobre o "Guia para Retomada Progressiva" do futebol, elaborado por médicos de clubes e da entidade nacional do futebol, mas conclui que "o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social através da teletransmissão dos jogos para domicílio".
A principal questão apontada pelo Ministério diz respeito à falta de testes rápidos frente à necessidade de atender à população. No documento, o Ministério da Saúde sugere que a CBF "garanta a realização dos testes e avaliações constantes não apenas nos atletas, mas também que seja ofertado aos membros das comissões técnicas, funcionários e colaboradores, assim como respectivos familiares e contactantes próximos".
No entanto, faz ressalva importante:
"Cabe ressaltar que no momento, a disponibilização de testes rápidos no sistema de saúde encontra-se saturada diante das necessidades da população brasileira... Diante da afirmação acima, na proposta apresentada, não fica evidenciado onde serão realizados os testes, periodicidade e critérios de retestagem, e como serão assistidos caso o diagnóstico dos atletas seja positivo."
Ainda assim, o Ministério da Saúde se diz favorável, pois "reconhece que o futebol é uma atividade esportiva relevante no contexto brasileiro e que sua retomada pode contribuir para as medidas de redução do deslocamento social". Em outro trecho, o Ministério da Saúde ressalta "a importância de apresentação de um Plano estratégico detalhado, pactuado entre os diversos setores... para o retorno das atividades futebolísticas sem a presença de público externo e planos de ação locais contendo a descrição das medidas de saúde, segurança e higiene, periodicidade de execução e responsáveis, que devem ser apresentados e validades pela autoridade de saúde local". Isto é, a autorização sobre o início das atividades de treinamento nas localidades deve ser do Secretário Municipal, "pois o Ministério da Saúde não irá contrapor uma decisão de gestor local que é quem está vivenciando o problema".