Fonte: GaúchaZH
O número de casos confirmados de dengue no Rio Grande do Sul mais do que dobrou em uma semana. Em novo boletim epidemiológico, disponibilizado pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) na última segunda-feira (2), a quantidade de infectados pelo mosquito Aedes aegypti em 2020 passou de 20 para 44. Destes, 16 contraíram a doença em solo gaúcho – oito a mais do que o registrado no último relatório, do dia 21 de fevereiro.
Conforme dados do governo estadual, os 60 primeiros dias do ano já têm mais casos notificados da doença do que os dois primeiros meses de 2018 e 2019. No ano passado, por exemplo, até a nona semana, foram 253 notificações e 36 casos confirmados. Agora, são 317 relatos e 44 pessoas contaminadas. Atualmente, são 377 municípios gaúchos considerados infestados pelo Aedes aegypti – o maior número dos últimos 20 anos. Em 2000, eram 14 cidades com relatos da presença do mosquito. Em 2010, passou para 62. A elevação significativa começou em 2013, quando pulou para 118 municípios infestados. Já os casos autóctones se concentram no norte gaúcho, mas também há confirmações na Região Metropolitana, Sul e Litoral Norte. As cidades são: Capão da Canoa (1), Constantina (3), Cruz Alta (1), Ijuí (3), Jaboticaba (1), Novo Hamburgo (2), Porto Alegre (1), Rio Grande (1), Santa Rosa (1), Santo Ângelo (1) e Três Passos (1).
Se comparado com os últimos três anos, o número de casos autóctones só é menor do que em 2019, quando foram 17 confirmações de contaminação dentro do território gaúcho nos dois primeiros meses. Em 2017 e 2018, não houve casos de contaminação local, apenas importados.
Zika e chikungunya
O Rio Grande do Sul também tem casos confirmados de zika vírus e chikungunya, doenças também transmitidas pelo Aedes aegypti. É um caso de zika vírus e dois da febre chikungunya, todos contraídos fora do Estado. Os infectados são moradores de Palmeira das Missões, Bagé e Osório.
Alerta para sintomas
Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor no corpo, dor articular, dor de cabeça e dor atrás dos olhos, além de manchas pelo corpo em alguns casos. O método mais eficaz para evitar a contaminação é impedir a circulação do mosquito Aedes aegypti, que tem pico de proliferação no verão.
Força-tarefa contra água parada
O mosquito deposita seus ovos em focos de água parada. Para evitar a sua reprodução, é importante manter piscinas tratadas o ano inteiro, guardar garrafas vazias viradas para baixo e guardar pneus sob abrigos, entre outras medidas que evitem o acúmulo de água.