Mundo passa de 4 milhões de mortes por Covid, mas número ‘subestima o total de vítimas’, diz OMS

07/07/2021
Fonte: G1

Fonte: G1

O mundo passou de 4 milhões de mortes causadas pela Covid-19, mas o número “subestima o total de vítimas”, afirmou nesta quarta-feira (7) o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. A marca é superada com o Brasil de novo como o país que tem a maior média diária de novas vítimas do coronavírus do planeta. Foram 263 dias para a pandemia chegar ao 1º milhão de vítimas, mais 108 dias para o 2º milhão, outros 93 dias para o 3º milhão e apenas 81 dias para ultrapassar a marca atual.

 

09/01/20: 1ª morte

28/09/20: 1 milhão de mortes (263 dias desde a 1ª morte)

14/01/21: 2 milhões (108 dias desde o 1º milhão de mortes)

17/04/21: 3 milhões (93 dias desde os 2 milhões)

07/07/21: 4 milhões (81 dias desde os 3 milhões)

 

“O mundo está em um ponto perigoso nesta pandemia. Acabamos de ultrapassar a trágica marca de 4 milhões de mortes registradas de Covid-19, o que provavelmente subestima o número total de vítimas”, afirmou Tedros. Apesar da declaração, o painel da OMS reporta na manhã desta quarta 3.988.565 mortes causadas pela Covid-19. O monitoramento da Universidade Johns Hopkins aponta 3.995.703 vítimas e o “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford, 3,99 milhões.

O mundo registrou o último milhão de mortes em tempo recorde, mas número de novas vítimas tem desacelerado nos últimos meses, de uma média de 13,9 mil no fim de abril para 7,8 mil atualmente.

 

Brasil como o pior país

O número de mortes por Covid-19 tem recuado também no Brasil, de uma média de mais de 3,1 mil em meados de abril para cerca de 1,5 mil por dia na última semana, mas o patamar atual ainda é muito alto. O Brasil é o país que a maior média de óbitos por dia por Covid-19 desde 20 de junho (posto que já havia ocupado entre março e abril deste ano e entre junho e julho do ano passado). Atualmente, a média diária de vítimas no Brasil é mais do que a de Índia e Rússia juntos (o 2º e 3º países do ranking).

 

Mortes, casos e vacinação

O mundo tem atualmente 184 milhões de casos de Covid-19 confirmados, e os países já aplicaram mais de 3,2 bilhões de vacinas para combater a doença e o vírus. O Brasil é o 2º país com mais óbitos, o 3º com mais infectados e o 4º que mais aplicou doses de imunizantes. Todos os números são do “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade de Oxford, e da Universidade Johns Hopkins.

 

Evolução da pandemia

O primeiro milhão de mortes foi marcado por uma primeira onda na Europa, entre março e abril de 2020, que assustou o mundo e levou os países a adotarem severas medidas de restrição para diminuir a proliferação do vírus. O segundo milhão de vítimas foi marcado por uma aceleração constante no número de óbitos primeiro na Europa, impulsionada pela variante alfa, detectada inicialmente no Reino Unido, e posteriormente nos Estados Unidos, o que levou o mundo a atingir na época o recorde de mortes diárias.

O terceiro milhão de óbitos foi marcado por uma forte queda no número de mortes tanto nos EUA quanto na Europa, após severas restrições e com a aceleração da vacinação. Ao mesmo tempo, os óbitos já começavam a crescer na América do Sul e na Ásia, a partir de março. Já o quarto milhão foi marcado por uma disparada da pandemia na América do Sul e na Ásia, sobretudo por causa do Brasil e da Índia.

 

Variantes gama e delta

Na América do Sul, a variante gama (ou P.1) se espalhou pelo Brasil e depois para os outros países da região, causando uma onda de casos e mortes inclusive em países com a vacinação mais adiantada, como Chile e Uruguai. Na Ásia, a variante delta devastou a Índia, que passou por um completo colapso sanitário e hospitalar entre abril e maio e bateu todos os recordes mundiais de casos e mortes por Covid-19.

Desde então, a variante delta tem se espalhado pelo mundo e causado uma forte alta de mortes em diversos países — da Rússia à Indonésia — e também de casos até em nações que são referência na vacinação contra a Covid-19, como Israel e Reino Unido.


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