Fonte: G1 RS
O Rio Grande do Sul chegou nesta sexta-feira (8) a 35.017 mortes causadas pela Covid-19 em toda a pandemia. Isto acontece no mesmo dia em que o Brasil alcança a trágica marca de 600 mil vítimas da doença. A proporção de óbitos em relação à população gaúcha (0,3%) é ligeiramente superior à nacional (0,28%). Porém, na comparação com outros estados, o RS ocupa uma posição intermediária (12º) na razão da mortalidade por 100 mil habitantes.
Nas últimas 24 horas, foram mais 21 óbitos, segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES). Eles aconteceram entre 27 de setembro e 7 de outubro, exceto um de junho. Ao mesmo tempo, a média móvel de mortes se mantém em estabilidade, com uma variação de -7% do que há duas semanas. Foram 19 mortes, em média, esta semana e 21 há 14 dias. Por outro lado, o Estado apresenta um grande crescimento no ponto de análise anterior aos óbitos: o ritmo de infecção. A Secretaria da Saúde identificou mais 1.296 infectados pelo coronavírus. Assim, o Estado chega a 1.446.846 casos confirmados desde o começo da pandemia. Mais de 12% da população já contraiu o vírus, afora casos de reinfecção.
Do total, 1.403.910 (97,1%) são considerados recuperados, 7.823 (0,5%) estão em acompanhamento, e a taxa de letalidade segue em 2,4%. Contudo, a média móvel de casos tem uma alta de 98% em comparação com duas semanas atrás. Os 1.290, em média, desta sexta, representam quase o dobro dos que os 650 de 14 dias atrás.
Vacinação
A notícia positiva é que, também na vacinação, o Rio Grande do Sul está à frente da média nacional. Já são 8,36 milhões de pessoas vacinadas, ou seja, 72,9% dos residentes no estado receberam ao menos uma dose dos imunizantes. Desses, 5,99 milhões receberam ambas as doses ou a vacina de dose única, o equivalente a 52,2% da população com o esquema vacinal completo. Mais de 148 mil pessoas receberam a dose de reforço, o que corresponde a 1,2% do total de moradores e 15,6% do público de idosos, imunossuprimidos e profissionais da saúde que se vacinaram no começo da campanha.
O consórcio de veículos de imprensa utiliza dados atualizados do IBGE e considera imunização completa apenas com ambas as doses ou a vacina da Janssen. Logo, os dados podem diferir levemente dos levantamentos oficiais das secretarias de Saúde.
Hospitalização
Mas também o número de internados cresceu nas últimas 24 horas. Nesta tarde, o RS tinha 2 mil pacientes em 3.301 vagas de UTI, quase 50 a mais do que no dia anterior. A taxa de ocupação dos leitos de UTI subiu, assim, para 61% da capacidade total. Isto é percebido em regiões distintas do Estado.
As regiões Covid de Passo Fundo, Cachoeira do Sul e Pelotas estão com superlotação nos leitos privados, e Porto Alegre, Novo Hamburgo e Uruguaiana continuam com ocupação superior ao nível crítico. Cachoeira, inclusive, apresenta uma média alta de ocupação em ambos os sistemas, e tem apenas um leito livre neste momento. Porém, com vagas disponíveis no SUS, nenhuma região Covid apresenta falta de leitos. A quantidade de pacientes com coronavírus ou suspeita de síndrome respiratória aguda grave em tratamento se mantém em 28%. As demais vagas são ocupadas por pessoas com outras doenças.