Fonte: GZH
Em meio ao agravamento ininterrupto da pandemia ao longo das últimas semanas, o governo do Estado mantém a perspectiva de reativar o modelo de cogestão a partir de 22 de março. O sistema — que foi suspenso há duas semanas — permite aos prefeitos definirem flexibilizações nos protocolos do distanciamento controlado.
Na prática, a cogestão permite que os municípios adotem regras mais brandas do que aquelas da classificação definida pelo Piratini. Assim, se uma cidade é classificada em bandeira preta, pode optar por usar os protocolos da bandeira vermelha. Como contrapartida à possível retomada da cogestão, o governo do Estado também estuda o endurecimento das regras da bandeira vermelha. A ideia é dar algum fôlego para os setores econômicos, sem, contudo, permitir que a situação volte à realidade de três semanas atrás.
— Pela análise dos dados, o Estado continuará em bandeira preta por algumas semanas ainda, para além do dia 22 de março. É possível que a cogestão volte após o dia 21 de março, é com essa lógica que trabalhamos, mas ela pode vir acompanhada de mudanças nos protocolos da bandeira vermelha, no sentido de que a margem de ajustes dos municípios fique mais restrita — disse o governador Eduardo Leite em entrevista coletiva no evento Tá na Mesa, promovido pela Federasul, nesta quarta-feira (10). — A gente sabe que tem um limite da possibilidade econômica também — completou.
O governador reafirmou ainda que a suspensão geral de atividades entre 20h e 5h será mantida até o final do mês. A medida entrou em vigor no final de fevereiro e é válida para todo o Rio Grande do Sul, independentemente da cor da bandeira vigente na região.