Fonte: G1
Todos os Estados e o Distrito Federal registraram, nesta quarta-feira (15), manifestações contra o bloqueio de recursos para a educação anunciado pelo Ministério da Educação (MEC). Universidades e escolas também tiveram paralisações após convocação feita por entidades ligadas a sindicatos, movimentos sociais e estudantis e partidos políticos.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não gostaria de contingenciar verbas, mas que isso é necessário. Ele também declarou que os manifestantes são “uns idiotas úteis, uns imbecis”. “A maioria ali é militante. É militante. Não tem nada na cabeça. Se perguntar 7 x 8 não sabe. Se perguntar a fórmula da água, não sabe. Não sabe nada. São uns idiotas úteis, uns imbecis que estão sendo utilizados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo de muitas universidades federais do Brasil”, afirmou Bolsonaro nesta quarta, durante visita ao Texas (EUA).
Resumo
- O MEC bloqueou 24,84% dos gastos não obrigatórios dos orçamentos das instituições federais. Essas despesas incluem contas de água, luz e compra de material básico, além de pesquisas.
- As verbas obrigatórias (86,17%), que incluem salários e aposentadorias, não serão afetadas.
- Movimentos estudantis convocaram um dia de greve contra medidas que, segundo eles, pode paralisar as universidades.
- O ministro interino da Economia, Marcelo Guaranys, disse que a arrecadação do governo foi abaixo do esperado e, por isso, foi feito o congelamento temporário de verbas.
- O ministério informou que “está aberto ao diálogo” e que o ministro se reuniu com reitores de federais.
Rio Grande do Sul
No Rio Grande do Sul, escolas e universidades paralisaram. Segundo a Secretaria Estadual da Educação (Seduc), dados parciais indicam que, das 248 escolas estaduais de Porto Alegre, 44 estão paradas, 43 funcionam em parte e 63 mantêm as atividades normalmente. Na região de Santa Maria, foram pelo menos 50 escolas municipais e estaduais que amanheceram sem aulas.Não há um balanço sobre a adesão em todo o Estado.