Fonte: Zero Hora / Fonte: MARGS
Após três meses da histórica enchente de maio de 2024, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) divulgou, na quarta-feira (14), o número de obras que foram afetadas de alguma forma pela cheia. O balanço informa que cerca de 4 mil itens foram atingidos, o que representa quase 70% do acervo composto por aproximadamente 5,8 mil peças.
Segundo o comunicado da instituição mantida pela Secretaria de Cultura do Estado (Sedac), as obras afetadas apresentam diferentes níveis de comprometimento, desde as que foram diretamente atingidas pelo alcance da água até as que tiveram algum tipo de dano provocado pela umidade no interior do prédio.
A maior parte das peças afetadas são do acervo em papel, sendo cerca de 300 fotografias, 1 mil desenhos e 2,4 mil gravuras. Também há aproximadamente 100 pinturas, 70 esculturas e 150 peças de técnicas mistas que sofreram algum tipo de dano. As 4 mil obras pertencem a mais de 700 artistas que já estão sendo contatados pelo museu.
O Margs informou que todas as obras estão passando por processos de secagem, desumidificação e, no caso das que necessitam, restauração. “Diferentemente das consequências de um incêndio, obras afetadas por água ou umidade são passíveis de restabelecimento com técnicas de restauração”, diz o comunicado do museu.
A obras que foram atingidas ficavam na reserva técnica do museu, no andar térreo. Situado na Praça da Alfândega, próximo ao Guaíba, o museu de arte foi alagado de forma inédita na história. Nesse ano, completam-se 70 anos de sua fundação. Desde a enchente, o museu permanece fechado e sem previsão de reabertura.