(Foto: Arquivo JDI)
Na última semana, o secretário da Saúde, Afonso Bastian, participou do programa Fim de Tarde em Dois Irmãos, transmitido pela TVLocal Dois Irmãos através do Facebook do JDI. Na conversa com o editor Alan Caldas, o secretário abordou vários temas relevantes dentro da sua pasta. A entrevista está dividida em duas partes: a primeira você confere nesta edição e a segunda, na edição de terça-feira (18).
Em 2019, mais de 6 mil pessoas tinham consultas e atendimentos marcados na rede pública de Dois Irmãos e não compareceram. Como avalia esta situação?
Afonso – Para ser exato, em 2019 faltaram às consultas e a outros procedimentos que são agendados, 6.093 pessoas. O posto do Centro é o ponto mais nevrálgico, pois temos ali ginecologistas, clínico geral, acupuntura, dentistas... Os ginecologistas também atendem a uma demanda que não se consegue atender nos bairros, pois não temos em todas as unidades. Porém, com o projeto que foi aprovado na Câmara de Vereadores (para contratação de médicos), teremos agora uma cobertura maior nos bairros.
O problema é que muitas pessoas vão até a unidade, marcam sua consulta e no dia não vão. Deixando de ir, o médico vai estar lá. Se a pessoa vem ou não vem, no final do mês esse profissional recebe seu salário. Todos que marcam consultas são avisados: se você tem agendamento para tal dia e não pode ir, procure nos avisar um dia antes ou até com duas horas de antecedência, pois aí conseguimos chamar uma pessoa que está aguardando e não conseguiu marcar. Se não puder comparecer no dia marcado, a pessoa precisa avisar. É uma questão de responsabilidade e solidariedade com quem de repente não conseguiu marcar e pode ter um problema até maior daquele que conseguiu.
Chegou a fazer o cálculo de quanto essas faltas custam para o município?
Afonso – Vou fazer uma conta bem simples e só considerar o que custa um médico. Não vou somar o custo de quem está na unidade trabalhando, fazendo o agendamento; custo de luz e de toda a estrutura do sistema. A média de um médico, com seu salário e todos os encargos, fica em torno de R$ 100 por hora. No caso das 6.093 consultas que deixaram de ser atendidas, são R$ 610 mil jogados fora. O poder público coloca à disposição do cidadão as consultas, e a partir do momento que a pessoa não usa com responsabilidade, causa prejuízo a todos.
Leia a primeira parte da entrevista na edição impressa desta segunda-feira (17).