Fonte: G1 RS
A primeira semana de vigência do decreto dos Três As de Monitoramento, que faz a gestão da pandemia de Covid no Rio Grande do Sul, começa com cinco regiões em nível de alerta. Segundo o governo do estado, as localidades de Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Ijuí, Passo Fundo e Santo Ângelo apresentam “tendência grave de propagação do coronavírus”. As informações foram confirmadas pelo Gabinete de Crise nesta terça-feira (18).
As cinco regiões em alerta terão 48h, contadas a partir das 12h desta terça, para avaliar os dados da pandemia e apresentar plano para reverter a situação. Caso o plano seja considerado insatisfatório, elas podem entrar no nível de ação. Outras sete regiões estão no primeiro nível, de aviso. São elas: Santa Maria, Uruguaiana, Santa Rosa, Palmeira das Missões, Pelotas, Caxias do Sul e Santa Cruz do Sul. Nesse ponto, as cidades devem redobrar a atenção para o quadro da pandemia. Não há nenhuma localidade no nível de ação, o de maior gravidade, quando o próprio governo do estado pode intervir e estipular ações adicionais a serem seguidas.
Regiões em alerta
De acordo com o Palácio Piratini, as cinco regiões em alerta apresentam pressão sobre o sistema hospitalar tanto em leitos clínicos como de UTI. A situação mais crítica, conforme o Gabinete de Crise, é em Santo Ângelo, no Noroeste do RS. Houve um crescimento de 63% na incidência do coronavírus na última semana, pulando de 260 para 424 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, a região alta ocupação de leitos clínicos e de UTI, bem como crescimento na incidência de óvitos por Covid.
Situação semelhante é observada na região de Cruz Alta. Além dos indicadores de incidência e de ocupação de leitos, o principal hospital da localidade, o Hospital São Vicente de Paulo, enfrenta “grande dificuldade na manutenção de estoque mínimo de medicamentos para intubação”, diz o governo. Ainda no Noroeste, a região de Ijuí sofre com o aumento de casos e na ocupação de leitos clínicos e de terapia intensiva. No Centro do RS, Cachoeira do Sul e entorno têm a maior taxa de ocupação de leitos de UTI do estado. Já a região de Passo Fundo, no Norte, apresenta problemas de incidência e lotação de vagas em hospitais.
Reuniões às quartas
Em transmissão durante a tarde, o governador Eduardo Leite esclareceu que o gabinete de crise vai se reunir nas quartas-feiras, após a reunião do GT saúde do Comitê de dados. “O GT saúde se reúne, analisa os dados e delibera sobre avisos e alertas. O gabinete se reúne e delibera se emite alerta ou não. Este será o fluxo”, explicou. O GT saúde acompanha os dados diariamente, e pode emitir alertas e avisos a qualquer momento.