Governador defende suspensão do modelo de cogestão e fala em momento “sem precedentes”

22/02/2021
Fonte: GZH

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O governador Eduardo Leite defendeu nesta segunda-feira (22), em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, a suspensão do sistema de cogestão no modelo de distanciamento controlado. Segundo ele, é preciso “alinhamento” na aplicação de medidas mais restritivas diante do quadro grave da pandemia no Rio Grande do Sul.

Com a cogestão, as prefeituras de cada região podem chegar a um acordo e adotar protocolos semelhantes aos da classificação imediatamente anterior — os locais com bandeira preta, por exemplo, podem escolher medidas semelhantes às da bandeira vermelha.

— A cogestão é uma boa ferramenta, é positiva, mas quando temos um momento crítico como esse o melhor é alinharmos ações, para que seja uma única comunicação com a população, sem gerar dúvidas — disse.

Na última sexta-feira, o governador anunciou 11 regiões em bandeira preta no modelo de distanciamento controlado e a suspensão de atividades, em todo o Estado, entre 22h e 5h. O quadro no RS, segundo Leite, é “gravíssimo” e “sem precedentes”.

— Em julho, tínhamos em média aumento de 64 pacientes por dia em leitos clínicos e de UTI. Na segunda onda, tínhamos em média 67, na mesma base. Agora, temos 170 pacientes sendo internados em média por dia, nos últimos 10 dias. Este é o nível da gravidade que estamos vivenciando.

Leite ainda rebateu as críticas de diferentes prefeitos e setores empresariais às restrições anunciadas pelo Piratini.

— Não se trata de ficar buscando culpados. Ninguém é culpado ou está fazendo nada errado no seu setor. A questão é termos a consciência na sociedade de que as coisas não estão normais. Além de gerar menos circulação, essas suspensões de atividades ajudam a dar a percepção de que estamos em uma situação excepcional — afirmou.

O governador falou também sobre a recente acolhida do RS a pacientes vindos do Norte do país. De acordo com Leite, a medida não tem relação com o atual quadro da pandemia no Estado.

— Negar solidariedade a quem estava em outra região seria de uma desumanidade absurda. Não foi isso que causou ou provocou o que estamos vivendo. Teríamos condenado à morte pessoas por absoluto egoísmo da nossa parte.


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