(Fotos: Divulgação)
A cultura e os costumes da imigração alemã estão presentes no dia a dia de Dois Irmãos. Exemplo disso é que nove escolas da rede municipal contam com aulas de língua alemã. Mais de 1.200 estudantes, da educação e do ensino fundamental, têm pelo menos uma hora por semana de ensino do idioma. Além da formação em Letras Português-Alemão, as professoras já moraram na Alemanha, trazendo sua bagagem cultural para a sala de aula.
A Arno Nienow (Navengantes) é a escola que oferece o ensino de alemão há mais tempo. “Ensinar uma língua adicional, estrangeira, moderna, de outros países, não só da Alemanha, é oportunizar um diferencial. Os alunos do 9º ano, por exemplo, têm a oportunidade de proficiência internacional através do Instituto Goethe, reconhecido na União Europeia. Com esses certificados, os estudantes podem, a partir dos 18 anos, fazer intercâmbios de trabalho, de estudo e melhorar suas chances no mercado profissional”, destaca a professora Ana Cristina Wiest. “Isso também é preservar pontes, pontes de pedra, fortes, capazes de conectar a história do nosso lugar no mundo à história do mundo”, acrescenta.
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Dança folclórica, mais uma importante herança dos imigrantes
A dança folclórica alemã é outra importante herança dos imigrantes que chegaram na região há 200 anos. A rede municipal de ensino também conta com aulas que promovem a expressão corporal, a coordenação motora e a socialização, além de elevar a autoestima das crianças e manter vivas as suas raízes.
O projeto de danças alemãs atualmente é desenvolvido nas escolas 29 de Setembro (Moinho Velho), Jardim da Alegria (Travessão) e Carlos Rausch (Vale Direito), além da APAE. “É tão bonito poder plantar já tão cedo nas crianças o amor pela dança alemã. Através da dança alemã, elas conseguem aprender palavras em alemão. A gente faz tudo isso para que a tradição não morra. Além da alegria e felicidade de poder dançar, a tradição alemã faz com que a gente se misture com todo mundo. O círculo significa dar as mãos, não deixar ninguém sozinho. Todo mundo precisa um do outro, precisa trabalhar junto, respeitar o colega”, diz a professora Rosângela Schaumloeffel.