Fonte: ge
O Grêmio anunciou o retorno do técnico Felipão após seis anos. Luiz Felipe Scolari, de 72 anos, substitui Tiago Nunes e irá para sua quarta passagem como treinador do Tricolor. A última ocorreu entre 2014 a 2015. O vice de futebol Marcos Herrmann fez o anúncio em entrevista após a derrota para o Palmeiras, na noite desta quarta-feira.
O contrato de Scolari será até dezembro de 2022. A apresentação oficial do treinador ocorre na sexta-feira, véspera do clássico Gre-Nal.
— Quero fazer a comunicação oficial: Luiz Felipe Scolari é o novo treinador do Grêmio. Vai ser acompanhado por Paulo Turra e Carlos Pracidelli, seus auxiliares, e também pelo Thiago Gomes, nosso assistente do clube, que fazemos grande expectativa. E a manutenção do Reverson (Pimentel) na preparação física — disse Herrmann.
Depois de sair do Grêmio em 2015, Felipão comandou o Guangzhou Evergrande, da China, por três temporadas. Só então retornou ao Brasil para ser técnico do Palmeiras, onde foi campeão brasileiro em 2018 e saiu do clube na temporada seguinte. O último trabalho foi no Cruzeiro. Anunciado em outubro de 2020 com contrato até 2022, Felipão deixou a Raposa em janeiro deste ano. O treinador tirou o time mineiro da ameaça de rebaixamento à Série C, mas não conseguiu o acesso. Foram 21 partidas, somando nove vitórias, oito empates e quatro derrotas.
Essa será a quarta passagem de Felipão pelo Grêmio. A primeira foi em 1987, quando foi campeão gaúcho. Retornou ao Tricolor em 1993, depois de ter conquistado a Copa do Brasil com o Criciúma em cima do próprio Grêmio. O técnico teve um início complicado na segunda vez no time gremista, mas sua permanência foi bancada pelo presidente na época, Fábio Koff. O resultado da insistência deu certo: Felipão venceu a Copa do Brasil de 1994, a Libertadores de 1995 e o Brasileirão de 1996. A última vez no comando do Tricolor foi em 2014, perdurando até maio de 2015. Na passagem, foram 51 jogos, com 26 vitórias, 12 empates e 13 derrotas (aproveitamento de 58,8%).
Na carreira, Felipão ostenta a conquista da Copa do Mundo de 2002 pela Seleção. Também esteve à frente da conquista da Copa das Confederações de 2013. Recentemente, sua trajetória foi manchada pela derrota trágica de 7 a 1 com a Seleção para a Alemanha, na semifinal do Mundial no Brasil. O comandante se despediu da equipe brasileira após a derrota perante a Holanda, que culminou com o quarto lugar na Copa.