Fonte: g1 RS
A aceleração no contágio da Covid-19 recoloca o Rio Grande do Sul em um cenário próximo ao pico da pandemia 300 dias depois. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) registrou, nesta quinta-feira (13), mais 12.232 casos conhecidos de coronavírus. Pela alta contaminação, especialistas acreditam que há muitas pessoas que não fazem o exame, que ainda são altamente necessários, assim como o isolamento de quem testou positivo. Por isso, há possibilidade de subnotificação.
O percentual de pessoas com o vírus ativo, que era inferior à taxa de letalidade, agora é maior. Desde o começo da pandemia, são 1.567.590 casos, dos quais 59.713 pessoas (3,8%) estão em acompanhamento, ou seja, com risco de transmitir a doença. A taxa de letalidade é de 2,3%, e outros 1.471.256 (93,9%) são considerados recuperados. A média móvel de infectados segue em alta, com uma elevação de 637% em relação a duas semanas atrás. São 7.306 novos casos, em média, esta semana, próximo ao registrado no pico anterior da pandemia, em março de 2021. Em 13 dias de janeiro, o Rio Grande do Sul já ultrapassou o total de casos conhecidos dos cinco meses anteriores. Se mantiver a curva ascendente, pode se aproximar aos período mais críticos de transmissão no estado.
Foram identificadas ainda mais 11 mortes. Todas ocorreram entre 6 e 12 de janeiro, exceto de um homem de Porto Alegre que faleceu ainda em dezembro. O RS chega, assim, a um total de 36.513 vítimas do coronavírus desde o começo da pandemia. A média móvel de mortes é de seis registros diários, 14% a mais do que há duas semanas. Com isso, retorna à estabilidade após 38 dias de quedas, pois está dentro da margem de 15%.
Leitos
Embora não se reflita na taxa de mortes, o aumento nos casos já começa a pressionar na taxa de ocupação dos leitos hospitalares. Nos clínicos, houve um aumento para 679 pessoas hospitalizadas entre suspeitos e positivos para coronavírus. São mais de 75 pessoas internadas nas últimas 24h. Já a taxa de pacientes em leitos de terapia intensiva permanece com 53%, com 1.703 pacientes em 3,2 mil vagas, 30 a mais do que no dia anterior.
A proporção, porém, é a mesma: quase 19% entre aqueles com Covid ou a suspeita da doença e 81% os que estão hospitalizados por outros motivos. Ao todo, 191 dos hospitalizados tiveram diagnóstico positivo e outros 127 estão com suspeita. Das 21 regiões do estado, apenas Pelotas está com superlotação das vagas de UTI privadas. Porém, Lajeado, Passo Fundo, Santa Cruz do Sul, Cachoeira do Sul e Uruguaiana estão acima de 80% no mesmo segmento. Nas demais regiões, há vagas disponíveis, bem como nos leitos SUS.
Vacinação
O Rio Grande do Sul segue sem atualização dos dados da vacinação desde 9 de dezembro. Mesmo com o restabelecimento das plataformas e-SUS Notifica, Sivep-Gripe, SI-PNI e Conecte SUS pelo Ministério da Saúde, possibilitando a inclusão de dados por estados e municípios, o sistema ainda não está acessível para consulta da população.
O Estado parou em 7,99 milhões de pessoas com o ciclo vacinal completo com as duas doses das vacinas CoronaVac, Pfizer e AstraZeneca ou a dose única da Janssen. O contingente representa 69,7% da população do RS. Com a dose de reforço, são 1,37 milhões de pessoas ou 11,9% da população gaúcha até dezembro; em Porto Alegre, atualmente, é de 273 mil ou 18,3%. A primeira dose já chegou a 8,9 milhões de pessoas (77,6%) no estado e a 12,1 milhões ou 81,1% na Capital.
