
(Imagem: Divulgação)
O bairro Moinho Velho tem Comunidade Católica desde 25 de março de 1992, quando era pároco o padre Luiz Pedro Wagner. Na época, não tendo local próprio, as missas, catequeses e encontros eram na Escola Municipal 29 de Setembro. Mas os fiéis queriam seu prédio próprio.
Em 1998, quando era pároco o padre Milton Zilles, a comunidade conseguiu um terreno e passou a fazer campanha para construir o salão comunitário. Não foi fácil. O terreno era banhado. Tiveram de aterrar. Mas a comunidade embora pequena é unida, e já no ano 2000 o salão foi inaugurado.
Com o prédio, a comunidade precisava de um nome. E foi por sugestão do senhor Silvério Moraes que ela se chamou São Cristóvão. Daquele dia em diante passaram a ser ali os encontros da comunidade. As missas e demais encontros eram no chão bruto, mas nada abalou a fé ou diminuiu a alegria da comunidade.
Com o tempo o prédio foi ampliado e melhorado. Durante o período do padre e pároco Dirceu Ritter a comunidade até pensou em transformar o local em uma igreja, colocando torre, inclusive, mas a ideia não foi em frente.
No ano passado, porém, tomada pela força da fé e esperança, a diretoria da comunidade consultou os fiéis e com apoio do agora pároco Alexsandro Lemos da Silva resolveu encarar seu maior desafio. E partiram para construir uma igreja.
Falaram com o construtor Geraldo Klein, que integra a comunidade, e ele conseguiu gratuitamente o projeto com a arquiteta Cíntia Przyczynski.
Com o projeto em mãos, deram entrada na prefeitura, onde levou quase um ano para ser liberado. Nesse meio tempo, a comunidade foi juntando algum dinheiro. Conseguiram 180 mil reais, com diversas campanhas. E então, no dia 9 de novembro do ano passado, 2024, finalmente começaram a erguer a obra da igreja.
Quem olha a obra hoje quase não acredita como avançou rápido. A comunidade lançou carnês, fez campanhas, arrumou doação de areia e brita de diversas almas bondosas. E o prédio, lindíssimo, começou a sair do chão.
Aquele povo de Deus está fazendo tudo que pode para terminar a primeira etapa até o final deste ano. E ouviram do padre Alex que, se conseguirem colocar o telhado, portas e janelas, ele celebrará lá a primeira missa. No piso bruto? Sim. Até porque, durante muito tempo as missas foram assim celebradas no Centro Comunitário ao lado.
PIX PARA DOAÇÕES
A obra está calculada em 500 mil reais sem acabamento e 750 mil com os acabamentos, decoração e tudo mais. É bastante. A Comunidade São Cristóvão tem apenas 150 casais e eles estão pedindo amparo às diversas comunidades, pastorais e movimentos católicos. Distribuíram para cada uma, 5 bloquinhos da campanha para construção da igreja. São feitas ações entre amigos. Cada um ajuda como pode.
Estão contando também com o coração bondoso dos empresários. Foi criada uma chave Pix exclusiva de doações para a construção da igreja. É esta: sãomiguel@diocesenh.org.br.
Impressionado com o que via, o padre Alex olhava a obra no sábado passado e dizia: “É uma comunidade pequena fazendo uma coisa grande”. Ele está feliz pela obra e, também, porque em seus 10 anos como padre essa será a primeira igreja que ele incentiva e ajuda a construir.
(Por Alan Caldas)
NA FOTO
Da esquerda para a direita, Patrícia Cristina Zimmer, Augusto Cesar Lenz, José Gildo Kasper, Lúcio José Anton, Sidinei Zimermann, Silvério Fröhlich, Padre Alexsandro Lemos da Silva, Rosilei Fátima Kist Kasper, Rita Rockenbach Anton, Elciane Inês Mombach Zimermann, Nadir Holz Lenz e Giovani Lenz