
Por Alan Caldas
Uma notícia tragicômica para mim mesmo:
- Às 18 horas de amanhã, terça-feira, 17 de junho, completarei 24. 837 dias vividos aqui neste planeta.
Pense o número: 24 mil 837 dias.
Se até amanhã não “bater as botas” (como dizem lá em Vacaria) serão 68 anos vividos.
Nasci exatamente às 18 horas do dia 17 de junho de 1957, com atendimento dado à minha mãe, dona Ceci Silveira de Melo Caldas, pela parteira dona Leda.
O local era uma casa de madeira bem em frente a Praça do Triângulo, em Vacaria.
Duas quadras acima de nós, a Praça Central e nossa linda Catedral.
Na rua, logo após nossa casa, o Templo da Maçonaria.
E, logo após, o matinho do famoso Colégio das Freiras, onde formavam-se as “normalistas” que seriam professoras no município.
Fiquei pensando nesse número de dias, 24.837. Dizem que na hora da morte a vida passa em “flashes” pela lembrança do que está partindo daqui.
Não, não estou partindo, mas vi em flashes esses 68 anos. Ano a ano, década a década, fato a fato que vivi.
E, quando me dei conta de que sobrevivi por 24.837 dias (caso viva até amanhã, 17) quase não acreditei.
Nem agora acredito que passei por tudo que vi e fiz nesses 68 anos e cheguei aqui ileso e vivinho da silva.
É incrível! Quase inacreditável.
Se eu perguntasse a mim mesmo lá nos anos 80, como apareço na foto, quando estava com meus 25 de vida, se acreditava que “chegaria ao ano 2025”, daria uma sonora gargalhada e diria:
- De jeito nenhum, criatura!
E aí, para minha surpresa, eis-me aqui: Vivo. Firme. Forte. Cheio de planos.
E detalhe:
Sem medicamento. Exceto o “para pressão”, que o doutor Delano Schmitz me receitou tomar diariamente lá aos 45 anos e que um dia, quando perguntei para ele “já posso parar”, ele respondeu rindo:
- Mas bem capaz . . .
É assustador. Confesso.
Mas analisando os fatos desses 24.837 dias vividos depois de ter botado a cara aqui no mundo, me olho neste espelho da vida e concluo que cheguei razoavelmente bem.
E o melhor de tudo:
- Nem estou (muito) gagá!
Kkk ... isso sim é incrível!