(Foto: Polícia Civil)
Acusado de tentativa de feminicídio contra a ex-companheira, um homem de 55 anos foi preso preventivamente por agentes da Delegacia de Polícia Civil de Dois Irmãos, durante ação coordenada pelo delegado Felipe Borba. Expedida pelo Poder Judiciário, a ordem judicial foi cumprida na tarde desta quarta-feira (23), no bairro São Miguel.
De acordo com o delegado Borba, no último sábado (19) o acusado teria desferido uma garrafada na cabeça da ex-companheira, de 43 anos, em um baile que ocorria na cidade, cujos estilhaços acabaram lesando a visão do genro da vítima, de 26 anos. Já nesta quarta, após descumprir as medidas protetivas decretadas pelo Judiciário, o acusado voltou a perturbar a vítima, razão pela qual foi acolhido o pedido da Polícia Civil sobre a decretação da prisão preventiva do indivíduo. Segundo a polícia, o acusado tem antecedentes pelos crimes de ameaça, lesão corporal e estupro.
No sábado, a Brigada Militar foi acionada e atendeu a ocorrência, porém ao chegar no local o acusado já havia fugido. Com ferimento na cabeça, a vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros ao Pronto Atendimento 24h.
Operação Schützen
Mais uma vez, o delegado Borba reforça o pedido para que as pessoas sigam denunciando casos de violência doméstica. “É muito importante que as vítimas de violência doméstica procurem os órgãos engajados em sua proteção, a fim de fazer cessar a situação de violência ou de risco. Qualquer pessoa que tiver ciência de que alguma mulher esteja sendo vítima desse tipo de conduta também pode utilizar os canais de comunicação, inclusive de forma anônima”, completa. As informações podem ser passadas para a delegacia pelo WhatsApp (51) 98543-7318 ou pelo telefone 3564-1190.
O delegado também destaca a atuação da polícia para diminuir os índices de violência doméstica na cidade. Segundo ele, esta é a segunda prisão da DP local com base na Lei Maria da Penha em 2022, integrando a chamada “Operação Schützen”, iniciada em 2021. Ele reforça que é importante que os homens intimados sobre medidas protetivas decretadas judicialmente respeitem tais ordens, sob pena de ser reconhecida a necessidade de sua segregação cautelar. “Pretendemos contribuir para que fatos mais graves, como feminicídio, não venham a ocorrer, e para tanto dedicamos especial atenção aos casos em que os agressores seguem praticando algum tipo de violência contra as mulheres mesmo após a notificação de que estão proibidos de se aproximar, de entrar em contato etc.”, ressalta.