(Foto: Arquivo JDI)
De acordo com números divulgados pela Delegacia de Polícia Civil de Dois Irmãos, oito mulheres registraram ocorrência de violência doméstica no mês de agosto, no município. Foi o segundo mês com menos registros em 2021. Em maio, foram 7.
Entre as situações relatadas pelas vítimas, a mais frequente ainda é a de ameaça; foram quatro registros no mês passado. Também foram registradas uma ocorrência por vias de fato, duas por lesão corporal e uma por violação de domicílio. Sete vítimas solicitaram medida protetiva.
Conforme levantamento da polícia, as vítimas tem idades entre 28 e 58 anos e os agressores entre 21 e 57 anos.
Total de casos em 2021
De janeiro a agosto de 2021 foram registrados 96 casos de violência doméstica na delegacia de Dois Irmãos (84 ocorreram em Dois Irmãos, 11 em Morro Reuter e 1 em Santa Maria do Herval). Do total, 79 vítimas solicitaram medida protetiva.
Janeiro: 17
Fevereiro: 11
Março: 10
Abril: 19
Maio: 7
Junho: 11
Julho: 13
Agosto: 8
Denuncie!
Se você é vítima de violência doméstica ou conhece alguém que esteja passando por essa situação, denuncie o caso à rede de proteção. Confira abaixo os órgãos e contatos que podem te ajudar:
– Brigada Militar: 190, 3564-1193 ou 98501-6695 (WhatsApp)
– Polícia Civil: 3564-1190 ou 98543-7318 (WhatsApp)
– Coordenadoria da Mulher: 3564-8875
– Central de Atendimento à Mulher: 180
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Feminicídios tiveram alta no Estado
O crime que insiste em seguir na direção contrária da tendência verificada em praticamente todos os demais indicadores também evidencia a resistência da sociedade gaúcha em promover uma mudança de cultura voltada ao respeito e a igualdade das mulheres. Em agosto, os feminicídios apresentaram nova alta, passando de quatro casos em 2020 para 13 vítimas neste ano (225%). O dado também impacta no acumulado desde janeiro, que subiu de 57 para 72 assassinatos por motivo de gênero (26%).
Mais uma vez, a estatística também reforça a urgência de ampliar a conscientização de toda a população quanto ao papel fundamental das denúncias, que podem fazer a diferença para salvar vidas. Entre as 13 vítimas de feminicídio em agosto, apenas duas tinham registro de ocorrência anterior contra o agressor. E em nove dos 13 casos o criminoso tinha vínculo amoroso ou familiar com a mulher assassinada. Números que escancaram a importância de parentes, amigos, vizinhos, colegas de trabalho e de escola, ou até mesmo desconhecidos realizarem a denúncia ao primeiro sinal de violência. Quanto mais cedo for levado às autoridades o conhecimento sobre possíveis abusos, maiores são as chances de auxiliar as mulheres vítimas a romperem com o ciclo de violência antes que ele termine em um feminicídio.
No trabalho para frear o aumento desse crime, as forças de segurança têm multiplicado ações para ampliar os canais de comunicação e acolhimento do público feminino, além de intensificar atividades preventivas e a repressão contra os agressores. No início de agosto, com a participação das 23 Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), a Polícia Civil deflagrou a Operação Margaridas, que cumpriu uma centena de mandados de busca e apreensão e de prisão em mais de 150 cidades de todas as regiões do RS.
Apesar da alta nos femincídios, a maioria dos demais indicadores de violência contra a mulher apresentou queda em agosto e, no acumulado de oito meses, o cenário é de retração nos quatro índices: ameaça (-6,6%), lesão corporal (-8,8%), estupros (-0,2%) e tentativa de feminicídios (-16,5%).
(Fonte: Secretaria da Segurança Pública)