Fonte: GaúchaZH
O governador Eduardo Leite confirmou, nesta terça-feira (24), que estão em estudo novas medidas restritivas para tentar conter a alta de casos e mortes por coronavírus no Rio Grande do Sul. As novas medidas de restrição, segundo ele, não serão iguais às que foram adotadas anteriormente.
— Estamos, sim, estudando, se for o caso, medidas mais restritivas. E estudando alternativas para não impor maiores dificuldades econômicas no momento em que as pessoas esperam uma retomada. A gente tem essa preocupação, mas se tivermos que tomar medidas restritivas, tomaremos — disse Leite, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade. — Seriam medidas distintas, mas que esperamos possam ter o efeito (desejado) — acrescentou.
Ao tratar de restrições para festas e eventos, o governador afirmou que uma alternativa em estudo é permitir que as atividades sigam operando, mas com horário reduzido.
— Nossa preocupação é como fazer esse controle. As pessoas estão cansadas e vão ignorando as recomendações. O que nós estudamos, se continuar essa curva ascendente? Em vez de restringir atividades, restringir horários, porque naturalmente é no período noturno, com maior liberdade, que acabam fazendo confraternizações. Estamos estudando alternativas para que a gente possa restringir com o menor impacto possível. Mas é uma realidade, o Estado está observando aumento de internações em leitos clínicos. Já temos, neste momento, no total do Estado, mais pacientes internados do que no momento do pico entre junho, julho e agosto, embora os óbitos não tenham crescido até aqui na mesma proporção — acrescentou.
Campanha eleitoral
Leite também avaliou que a campanha eleitoral pode ter colaborado para disseminar o vírus nas últimas semanas.
— Campanha eleitoral pode ter sido um fator de disseminação. É do processo da democracia, mas acabou neste período significando um maior número de contatos.
Piratini quer manter aulas funcionando na bandeira vermelha
O governo do Estado, segundo Leite, também negocia com o Ministério Público uma alteração da atual regra que prevê o fechamento de escolas quando há repetição da bandeira vermelha em uma mesma região. A bandeira vermelha representa risco alto para coronavírus no modelo estadual do distanciamento controlado.
— A gente está discutindo com o MP para evitar que as escolas fechem na bandeira vermelha, manter a abertura de escolas na bandeira vermelha. Isso se observa no mundo inteiro, a prioridade é a educação — disse o governador.