
Fonte: CBN / Fotos: Vatican News
O Vaticano marcou para sábado (26), a partir das 5h, no horário de Brasília, o funeral do papa Francisco. Será o último rito com o corpo do pontífice, após ele ter sido levado do local onde morava, a Casa Santa Marta, até a Basílica de São Pedro. Ele será enterrado na Basílica de Santa Maria Maior, também em Roma, na Itália.
Com isso, cresce cada vez mais a expectativa para o início do conclave. De acordo com os rituais da Igreja Católica, a escolha do sucessor ocorre entre 15 e 20 dias após a morte do papa anterior. Ou seja, esse processo deve iniciar entre 6 e 11 de maio.
Ao todo, serão 135 cardeais que poderão participar do processo, por terem menos de 80 anos. No total, são 252 cardeais católicos no mundo, mas 117 estão acima dessa idade e não poderão nem votar e nem serem votados no processo.
Desse total votante, grande parte vem diretamente da Europa. O continente possui 53 cardeais elegíveis, sendo que 17 são da Itália, país onde originou a Igreja Católica e que faz fronteira com o Vaticano. Em seguida aparece a Ásia, com 23 elegíveis. Isso representa que apenas os dois continentes possuem mais da metade dos votantes no próximo conclave.
Mesmo assim, logo após os italianos, são os americanos que aparecem em segundo lugar com mais cardeais na disputa. São 10 no total. Em terceiro lugar é o Brasil, com sete que poderão votar ou serem votados.
Quem são os cardeais brasileiros aptos para o cargo?
Sete cardeais brasileiros vão participar do conclave, a eleição para a escolha do novo comandante da Igreja Católica. Dois deles são da capital: o arcebispo de Brasília, Paulo Cezar Costa, e o arcebispo Emérito, João Braz de Aviz, que deixou o posto ao completar 75 anos. Hoje, ele tem 77 anos.
Veja a lista completa abaixo:
Cardeal Dom Paulo Cezar Costa, de Brasília;
Cardeal João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília;
Cardeal Odilo Pedro Scherer, de São Paulo;
Cardeal Jaime Spengler, de Porto Alegre, atual presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB);
Cardeal Sérgio da Rocha, de Salvador;
Cardeal Orani João Tempesta, do Rio de Janeiro;
Cardeal Leonardo Steiner, de Manaus.
Como acontece a votação?
Um cardeal precisa receber dois terços dos votos para ser eleito. As indicações, secretas, são queimadas após a contagem.
Até quatro votações podem ser feitas por dia, sendo duas pela manhã e outras duas à tarde. Se, depois do terceiro dia de conclave, a Igreja ainda não tiver o novo Papa, começa uma pausa de 24 horas para orações. Outra, por igual período, também pode ser convocada se houver mais sete votações sem um eleito.
Já quando a indicação do novo pontífice é fechada, a Igreja, então, questiona formalmente se ele aceita o cargo. Se o religioso aceitar, deve escolher um novo nome. Na sequência, é levado para o ambiente chamado de ‘Sala das Lágrimas’, no qual traja as vestes papais.
No final do processo, o novo Bispo de Roma é anunciado aos fiéis na Praça de São Pedro e apresentado na sacada da Basílica. É de lá que é proclamada a frase: ‘Habemus Papam’.