Vereadores de Dois Irmãos repercutem tragédia que abala o Rio Grande do Sul

07/05/2024
(Foto: Divulgação / Câmara)

(Foto: Divulgação / Câmara)

A Câmara de Vereadores de Dois Irmãos voltou a ter sessão nesta segunda-feira (6). Como não poderia deixar de ser, a pauta dominante foi a maior tragédia natural que atinge o Rio Grande do Sul desde a última semana.

– É hora de se abraçar. O povo está se comovendo, dou os parabéns a todos que estão ajudando. O nosso povo está precisando muito – disse Paulino Renz (PL).

Ederson Bueno (MDB) destacou que o momento é de grande tristeza.

– A gente passa por uma calamidade que nunca havia passado, com mais de 83 mortos e 110 desaparecidos. Acredito que isso signifique também um grande retrocesso para o nosso Estado em todos os aspectos: econômico, de infraestrutura. Com certeza levaremos anos até voltarmos ao patamar em que estávamos. A gente tem que cobrar e fazer contato com os nossos deputados, para que eles também cobrem o governo federal – afirmou.

Ele destacou que, mesmo com o enorme volume de chuva dos últimos dias, Dois Irmãos não registrou maiores estragos.

– A gente teve mais ou menos 70% dos arroios do município passando por uma limpeza; em muitas dessas áreas foi tirado lodo do fundo para que a água escoasse da melhor forma possível. Tenho certeza que as ações que o município desenvolveu nos últimos meses tiveram reflexo positivo agora – observou.

Para Darlei Kaufmann (MDB), o Estado vive momentos de muita aflição e angústia.

– Estou trabalhando em São Leopoldo, uma cidade que, como tantas outras, está inundada, angustiada, com os olhos e os corações presos a um dique. Tenho muitos colegas bancários que perderam suas casas, uma tragédia que realmente não escolheu classe, atingiu a todos, que nos afeta e vai nos afetar de um modo ou outro ainda ali na frente – comentou.

Celina Christovão (MDB) também expressou seu sentimento de tristeza em relação a tudo o que está acontecendo e reforçou a importância do trabalho realizado pelo município.

– Foi muito importante a limpeza dos rios. Outra coisa que chamou atenção é a ponte que se começou (ao lado da Ponte de Pedra, no Vila Rosa): se não é ter aquilo aberto, aquela expansão, que a água agora escoou; a parte do Beira Rio tinha alagado tudo de novo. Então, que bom que a gente já começou aquela ponte – disse ela.

 

Força da solidariedade

Nilton Tavares (PP) reiterou que a consternação é geral.

– É necessário virmos aqui destacar o imenso sentimento de solidariedade, de engajamento da nossa comunidade nessas ações de resposta principalmente aos nossos irmãos do Vale do Sinos, Novo Hamburgo e São Leopoldo, que estão literalmente embaixo d’água. Tenho familiares que também perderam tudo, e isso nos consterna. Quero destacar também a importância de termos uma Defesa Civil organizada, planejada como temos em Dois Irmãos, que procura dar todas as respostas da melhor forma possível – declarou.

Sergio Kroetz (PP) também reconheceu a força da solidariedade:

– Jamais a nossa geração e gerações passadas passaram pelo que o nosso Estado está passando. Se cada um de nós fizer um pouquinho, tudo isso vai agregando. O povo gaúcho é muito diferenciado no quesito solidariedade.

Segundo Ramon Arnold (PP), é uma situação que atinge a todos de alguma forma.

– Eu trabalho em Novo Hamburgo e tenho 28 colegas que perderam a casa ou perderam quase tudo. Um colega meu estava trabalhando hoje (segunda) na empresa e me mostrou um vídeo de onde fica a sua casa, e ela estava embaixo d’água. Então vocês imaginam o que significa isso... Vim aqui para agradecer o empenho de todos e para dizer algo muito importante: que a gente não se desmobilize. Não digo que o pior está por vir, mas um momento muito importante está por vir: a hora que a água baixar vamos ver realmente o desastre que está nestas casas – disse, ele, sugerindo um movimento multipartidário para pressionar pelo uso de parte dos recursos do Fundo Eleitoral no auxílio às famílias atingidas e na reconstrução da infraestrutura.


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