Assunto foi discutido na Câmara
Na última segunda-feira (4), o secretário Desenvolvimento Social e Habitação, Léo Büttenbender, esteve na Câmara de Vereadores para tratar de assuntos relativos a sua pasta. Um dos temas de destaque foi habitação popular, muito cobrado pela oposição. O projeto “Um Lar para Chamar de Meu”, lançado ainda na gestão da prefeita Tânia da Silva, até agora não saiu do papel.
– No ano passado, nós continuamos um edital que estava em aberto, mas não tivemos adesão. De 100 unidades, nas duas quadras, só tivemos a aprovação de 25 pessoas, por isso o edital terminou por aí. Remodelamos novamente (o projeto) e na semana passada assinamos com uma empresa de Sapiranga, com um engenheiro contratado pelo Pró-Sinos, que vai fazer toda a parte do projeto de infraestrutura (ruas, luz, água), para então colocarmos à disposição da comunidade e abrir o edital para ver qual empresa tocará as obras – comentou.
A área fica no bairro Bela Vista. A remodelação do projeto diminuiu o número de unidades e aumentou o tamanho das casas, que passarão a ter pátio, espaço para carro e lavanderia.
– Já foi feita a parte topográfica, mas vamos trabalhar primeiramente no Imigrantes I e depois no Imigrantes II. Transformamos os sobrados em casas. Agora, o projeto visa 52 casas, com espaço maior, inclusive com pátio. Antes, 100 unidades nessas duas quadras era muito apertado – disse o secretário, acrescentando que as alterações atendem a uma reivindicação da própria comunidade.
O principal entrave, no entanto, diz respeito as condições de financiamento. Segundo Léo, os valores dificultaram a concretização do projeto anterior, também afetado pela pandemia.
– O problema maior era o financiamento. Por exemplo: 80% a Caixa financia, 20% tem que dar de entrada, e muitas vezes as pessoas não tinham esses 20%. Não existe mais plano com 100% de financiamento – afirmou.
Questão preocupante
Sheila da Silva (PT) cobrou uma ação efetiva do poder público para auxiliar as pessoas com menos condições financeiras a conquistarem a casa própria.
– A questão que mais me preocupa hoje, e que as pessoas recorrem a nós para saber, é como elas vão acessar o programa, se vai estar ao alcance do bolso das pessoas, ou a gente vai ter novamente um programa em que as pessoas vão ser iludidas, pois muitos estavam na esperança de conseguir e não conseguiram. Existe um programa de acesso financeiro a essas pessoas que não têm casa? – questionou a vereadora.
O secretário reiterou que faltam programas mais acessíveis na esfera federal.
– Hoje, o fundo (habitacional) tem em torno de 800 mil. Com esse valor é difícil poder proporcionar algo, dividir pelo número de lotes. O que o município pode propor é a infraestrutura para tornar mais barato o terreno, a casa. A prefeitura não é banco, não tem como financiar, e todo financiamento praticamente, quando entra no programa Casa Verde Amarela, é pela Caixa – respondeu Léo.
Além do secretário Léo, também estiveram na Câmara representando a equipe da pasta Veridiana Pires e Claudete Fritzen. Outros assuntos abordados foram o projeto Espaço da Arte (antigo Geração e Renda) e as novidades da Praça CEU.
(Fotos: Divulgação / Câmara)
Secretário Léo esteve na Câmara na segunda-feira