Nova mesa diretora: Paulinho, Eliane, Filipin e Léo
Léo Büttenbender (PSB) será o presidente da Câmara de Vereadores de Dois Irmãos no próximo ano. Ele foi eleito na noite desta segunda-feira (9), em chapa única apresentada por Eliane Becker (PP). Os vereadores Elony Nyland (MDB) e Sérgio Fink (MDB) também desejavam a presidência, mas não houve acordo para outras chapas. A nova mesa diretora ainda terá Joracir Filipin (PT) como vice-presidente, Eliane como 1ª secretária e Paulinho Gehrke (PP) como 2º secretário. A chapa vencedora teve oito votos favoráveis e uma abstenção, de Paulo Fritzen (PT).
A definição do candidato custou a sair. Eram 21h25 quando o atual presidente Sérgio Fink suspendeu a sessão para apresentação das chapas. Começou, então, um sobe e desce seguido de reuniões a portas fechadas no andar de baixo da Câmara. As articulações envolveram vereadores e lideranças partidárias. O presidente do PP, Ramon Arnold, chegou a ser chamado em casa, pouco depois das 22h, para participar das conversas. O presidente do MDB, Marcos Aurélio dos Santos, acompanhou a sessão, mas não saiu do seu lugar, ficou apenas observando a movimentação. Passada uma hora e meia, às 22h55 a sessão foi retomada. “É talvez a disputa mais acirrada na história desta Câmara”, comentou Sérgio, ao reabrir os trabalhos. Em seguida, fez a leitura da chapa inscrita e deu início à votação.
Com a eleição definida, Eliane subiu à tribuna para destacar o apoio dos colegas. “Eu sei o quanto foi difícil para o presidente Sérgio e para o Elony, que também tinha o sonho de ser presidente... Quero parabenizar o professor Léo e os nossos partidos”, afirmou. O novo presidente agradeceu pelo voto de confiança. “Peço a cada um de vocês que a gente trabalhe com unanimidade, com humildade. Eu vi que hoje à noite (ontem) houve humildade pelos colegas aqui dentro. Sei que o Sérgio e o Elony também eram candidatos, mas abriram mão e votaram na mesa diretora encabeçada por mim”, declarou Léo.
O QUE MAIS FOI DITO
Elony também parabenizou Léo, e aproveitou para mandar uma indireta ao governo. “Espero que não punam também como aconteceu com outros vereadores quando compuseram com vereadores do PT. Temos que respeitar a democracia. Eu e o vereador Sérgio, cada um queria ser presidente, isso é natural. Quem não tem ambição na vida não chega a lugar nenhum. Quem não tem ambição de agora, ano que vem, entre eu, você (Léo), Sérgio e Filipin, ser vice-prefeito desta cidade? Vai ser mais uma luta, mais uma batalha, e espero que seja desta maneira democrática, sem briga”, disse ele.
Paulo Fritzen justificou sua abstenção. “Desde o primeiro dia, independente de quem fosse (candidato), eu disse que ia votar nulo. Fico muito triste com o Léo, pelo dia em que ele votou contra a população de Dois Irmãos no aumento de impostos (IPTU). Por isso, não te apoiei hoje. Agora, como presidente, vou te apoiar”, explicou. Filipin elogiou a postura dos colegas. “Os vereadores entenderam o que é uma democracia. Esta casa sempre foi uma casa de discussões saudáveis, que a gente não leva para o lado pessoal”, concluiu.
Antes mesmo do intervalo, o atual presidente chegou a comentar que gostaria de ter tido o apoio do governo na tentativa da reeleição. “Esperava que a base me lançasse pelos sete anos que dediquei ao Poder Executivo”, disse Sérgio. Mais adiante, destacou o trabalho realizado pelo Poder Legislativo. “O sucesso deste mandato é responsabilidade de todos. Desde 2009, iniciamos um novo ciclo nesta casa. Em 2008, a Câmara usou 2,07% do percentual a que tinha direito. Em 2009, foi R$ 1,24%, e agora esperamos chegar a 0,97%, algo histórico, menos de 1% da receita líquida do município”, afirmou o vereador.
A PROPÓSITO
Vale destacar que o MDB da prefeita Tânia da Silva ficou de fora da mesa diretora para 2020, ano de eleição municipal. Fica a pergunta: haverá reflexos na atual coligação formada por MDB, PP e PSB?
Lideranças de PSB e PP com a nova mesa diretora