(Foto: Divulgação / Câmara)
Um ano depois da chegada do coronavírus ao Rio Grande do Sul, a população gaúcha vive novamente um período de incertezas, com uma explosão de casos e mortes, hospitais lotados e o retorno de restrições ao funcionamento das empresas. A maior dificuldade segue sendo equilibrar saúde e economia.
Na sessão de segunda-feira (8), em Dois Irmãos, vereadores mostraram preocupação com o momento da pandemia de Covid-19. “Muita gente leva na brincadeira, e eu sempre falei que a coisa era mais séria do que a gente pensava”, comentou Paulino Renz (PDT). Darlei Kaufmann (PSB) lamentou as novas medidas do Governo do Estado. “Nosso comércio está chegando no limite. Esperamos que após esta semana, passando os 15 dias, o comércio volte a abrir, pois existe um risco iminente de colapso social e econômico, com sérias consequências para toda a sociedade. Tenho dificuldade em entender algumas medidas do nosso governador”, declarou o vereador.
Ramon Arnold (PP) citou as alternativas que a administração municipal está buscando para socorrer a economia local – prefeitura fez um anúncio nesta terça (9). “Está sendo formatado um pacote de medidas para que possamos auxiliar micro e pequenas empresas, e creio que muito em breve isso vai estar aqui nesta casa para discussão. Sugeri, na conversa que tive com o prefeito Jerri (Meneghetti), que a gente conseguisse fazer uma campanha de compra local, nos moldes de um Natal premiado ou algo neste sentido, para incentivar momentaneamente essas empresas”, afirmou o progressista.
Ederson Bueno (MDB) reforçou as colocações do colega da base governista. “A gente vê que os microempreendedores estão com bastante dificuldade, e, como já foi dito, o prefeito e os secretários estão estudando algumas possibilidades de abertura de crédito facilitado com juros bem menores, tendo em vista que um auxílio possa ter algumas dificuldades legais”, observou o parlamentar.
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Tavares lamenta casos de pessoas contaminadas que não cumprem isolamento
Nilton Tavares (PP) também mencionou o drama vivido pelo comércio. “Conversava essa semana com uma amiga que é lojista há mais de 15 anos, e ela dizia: ‘A minha situação é muito difícil, pois eu não posso abrir o comércio’. Ela entende por que; ninguém pode por causa da questão da Covid-19. Mas, as contas não param de chegar. Que bom que o nosso prefeito está pensando em situações de um socorro dentro do que o caixa do município permita”, disse.
Além disso, o vereador lamentou o caso de pessoas que, mesmo estando com o vírus, não cumprem as medidas de isolamento social. “É muito comum que pessoas contaminadas, que sabem que estão contaminadas, continuem saindo na rua e indo aos comércios. Por favor, ajudem na conscientização. Temos que dizer a essas pessoas que elas não podem sair de casa e ter contato com outras pessoas. Isso é crime”, afirmou Tavares, lembrando que o sistema de saúde está colapsado. “Não temos leitos de UTI; tem uma pessoa da nossa comunidade há mais de 10 dias esperando por um... Está sendo socorrida e está sobrevivendo, graças a Deus, mas ficou fragilizada porque não tem leito de UTI”, acrescentou.