Fonte: Governo RS
O Laboratório Central do Estado (Lacen), em Porto Alegre, já realizou mais de 15 mil exames de diagnóstico do novo coronavírus (o Sars-CoV-2, causador da Covid-19). Apesar do grande volume, o laboratório conseguiu zerar a fila de amostras que aguardam o processamento. Ao considerar as 5,7 mil amostras recebidas nos últimos 30 dias, 84% delas tiveram o resultado em até um dia após a chegada ao Lacen. A etapa anterior a essa é da coleta da amostra e o envio para o laboratório, que ficam sob responsabilidade dos municípios. A capacidade atual é de até 400 testes por dia.
O Lacen foi um dos primeiros laboratórios estaduais em que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) descentralizou o diagnóstico do coronavírus. Antes de 6 de março, todos os casos suspeitos tinham que ser enviados para exame no Rio de Janeiro. Mesmo que em número ainda pequeno, os resultados levavam, normalmente, mais de uma semana.
Tempo entre a chegada da amostra e o resultado no Lacen (entre 10 de maio e 10 de junho):
Mesmo dia – 938 resultados (16%)
Um dia: 3.913 (68%)
Dois dias: 760 (13%)
Três ou mais dias: 112 (3%)
Identificação genética do vírus
O exame para o coronavírus é um teste de biologia molecular que identifica o material genético do vírus. Para a análise, o Lacen utiliza amostras de secreções das vias respiratórias (do nariz e garganta) dos casos suspeitos. Esses materiais são coletados das pessoas com a suspeita da doença com o uso de um tipo hastes de plástico parecidas com cotonetes (swabs) ou com aspirados por sonda. Assim que chegam ao laboratório, essas amostras passam por diferentes estágios de preparação e extração do material genético das moléculas (RNA) até chegar a etapa final do processo.
Casos graves e situações especiais
São elegíveis para análise do novo coronavírus no Lacen os casos de pacientes hospitalizados por algum problema respiratório (quadro clínico chamado de Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou SRAG). Além desses, o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) orienta que sejam encaminhados para o laboratório casos especiais e que atendam a critérios epidemiológicos, desde que com a presença de sintomas, como os que são parte de investigação de surtos em locais como empresas e instituições de longa permanência de idosos, pessoas com mais de 50 anos, gestantes e puérperas, profissionais que trabalhem em veículos de transporte de cargas e transporte coletivo de passageiros ou do setor portuário (portos e navios), trabalhadores de estabelecimentos de saúde que atendem pacientes com síndrome gripal ou SRAG, entre outros.
Além desse tipo de exame, o governo do Estado já distribuiu aos municípios mais de 384 mil testes rápidos para a Covid-19. Esse tipo de análise faz a identificação dos anticorpos produzidos pelo organismo em resposta à infecção pelo SARS-CoV2 (causador da Covid-19). É realizado com a coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo da pessoa. Seu uso é recomendado após, pelo menos, uma semana de início dos sintomas. Esse tempo é o necessário para que o organismo da pessoa produza em quantidade suficiente esses anticorpos, que são as ferramentas de defesa do organismo e permanecem mesmo após a cura do quadro clínico.