Expectativa de um ano próspero virou decepção na economia

11/09/2020
Setor calçadista chegou a 1.900 demissões

Setor calçadista chegou a 1.900 demissões

O problema de saúde causado pelo vírus mortal também teve efeito devastador na economia. Dois Irmãos registrou a perda de 1.840 empregos formais de janeiro a julho, de acordo com dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo CAGED). Os primeiros sete meses de 2020 tiveram 2.022 admissões e 3.862 desligamentos no município, com saldo negativo em março (-674), abril (-891), maio (-394) e junho (-258).
O setor mais impactado foi a indústria, com um total de 1.593 vagas a menos no período. Somente o setor calçadista demitiu aproximadamente 1.900 trabalhadores até o final de julho, conforme levantamento do Sindicato dos Sapateiros de Dois Irmãos. “2020 vai ficar marcado por dois sentimentos: o primeiro, de achar que seria um ano extremamente próspero; o segundo, de decepção total na questão da geração de emprego. Agora, a expectativa é que 2021 seja o ano que 2020 não foi”, diz Romeo Schneider, diretor do sindicato. Algumas empresas voltaram a contratar nas últimas semanas, mas ainda vai levar um bom tempo para compensar as perdas ocasionadas pela pandemia.
Agora, a aposta recai sobre 2021. “As perspectivas para o próximo ano são muito boas. Além da alta do dólar e da qualidade do nosso calçado, tem outro fator: a briga comercial entre Estados Unidos e China. Tenho conversado com pessoas daqui que trabalhavam na China e também acabaram demitidas, e o que a gente escuta é a possibilidade de parte do sapato chinês voltar a ser produzido no Brasil. Há companhias de exportação já pensando em voltar a produzir no país”, comenta Romeo. “Pelo menos esse é o sentimento, conversando com gerentes e empresários. A não ser que tenhamos um aumento de casos e uma segunda onda do vírus, aí seria uma tragédia”, completa.


Dar a volta por cima novamente
Apesar das dificuldades do momento, Dois Irmãos carrega a superação como marca indelével desde a chegada dos primeiros imigrantes alemães, em 1829. A emancipação, 130 anos depois, consolidou o anseio da comunidade por identidade própria. “Espero que a cidade continue sendo próspera administrativamente e em matéria de geração de emprego. Ao longo dos anos, entra crise, sai crise e Dois Irmãos sempre esteve de pé. Espero que o município consiga dar a volta por cima novamente”, afirma Romeo.


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