João Ismael Henrich, 38 anos
O ano de 2020 impôs novos desafios aos profissionais de todas as áreas, e com o produtor rural não foi diferente. Além da busca por novas formas de fazer negócio, motivadas principalmente pela pandemia da Covid-19, quem vive do campo também precisou lidar com as condições adversas do clima.
João Ismael Henrich, 38 anos, conhece de perto a realidade do campo. Na propriedade localizada na Rua Picada Verão, no Vale Direito, planta entre outras coisas repolho, brócolis, couve-flor, alface, rabanete, tempero, milho e aipim. “Está sendo um ano difícil até o momento. Primeiro, foi a seca, que gerou grandes perdas. Em paralelo a isso, veio a pandemia e em seguida as chuvaradas, que trouxeram grandes prejuízos para nossa classe que já vinha sofrendo. Além disso, houve aumento dos insumos, o que consequentemente trouxe aumento do custo de produção, gerando mais dores de cabeça ao produtor”, diz o agricultor dois-irmonense. A indefinição do mercado é outra preocupação. “A gente não sabe que rumo as coisas vão tomar no mercado futuro”, comenta.
Para reduzir perdas e seguir firme na lida, o jeito é se adaptar aos novos tempos. Uma das saídas encontradas foi aprimorar a relação com a tecnologia. “Tivemos que nos readequar ao momento em relação às vendas, que sofreram forte queda devido ao fechamento de refeitórios e restaurantes, responsáveis por absorver grande quantidade da nossa produção. Começamos a buscar vendas online, via WhatsApp, e formas mais cômodas de venda direta ao consumidor, visando um mercado mais prático e mais ágil”, destaca João Ismael.