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A temporada de transformações na vida pessoal e profissional teve um final feliz para Gabriel Medina nesta terça-feira (14). O novo tricampeão mundial de surfe casou com a modelo Yasmin Brunet e passou a ter sua companhia nas viagens no circuito. Teve atritos com sua família e trocou de treinador: saiu seu padrasto, Charles Saldanha, e entrou o australiano Andy King.
A aguardada medalha nas Olimpíadas de Tóquio não veio. O incômodo pela ausência da esposa no Japão, por desacordo com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), veio e passou. Na nova fase, a companhia de Yasmin é apontada como um dos fatores de equilíbrio e plenitude.
– Gosto de estar rodeado de pessoas que me fazem bem. Ela é uma das pessoas que mais me ajudaram esse ano, junto com meu coach e meus amigos próximos. Foi um ano difícil. Difícil você viajar o mundo, colocar seu melhor em cada momento. Você, sua mulher e seu coach. Foi muito desafiador para mim – avalia o campeão.
Nas ondas do Circuito Mundial, o domínio foi absoluto. Em sete etapas, Gabriel fez cinco finais. Venceu em Narrabeen e em Rottnest. Nesta terça, levou também o troféu da WSL Finals, em Trestles. Foi o primeiro ano do formato no circuito.
– Fico feliz de ser recompensado com o título mundial, porque trabalhei bastante. Foi um dos anos que mais treinei fora e dentro da água. Ano diferente, formato diferente da WSL. Contando as etapas, foi o ano mais constante – diz Medina, que pretende comemorar a conquista e manter os pés no presente.
– Os planos são sem planos. Agora é férias, mas o ano todo foi assim. Aproveitando cada momento, cada onda surfada. Cada momento com a minha mulher, meus amigos. Quero aproveitar mais a vida, esquecer um pouco de competição – comenta.
Tornar possível o impossível
Aos 27 anos, o legado de Medina já é do tamanho das maiores lendas do esporte. À frente dele no número de títulos, apenas Mark Richards (5) e Kelly Slater (11). O brasileiro entende o impacto de suas conquistas e sua imagem perante o público.
– (Ser tricampeão) é surreal. Sempre sonhei, mas confesso que parecia ser impossível. Hoje, eu fiz ser possível. É muito louco, não consigo nem botar em palavras. Se eu lembrar desde o começo, quando só curtia o surfe, ser uma vez já era impossível – recorda.
– Quando comecei a acompanhar mais histórias do Ayrton [Senna], do Mick Fanning, isso me inspirou. Acho legal a gente servir de exemplo. Sempre tento fazer meu melhor dentro e fora da água para incentivar essa nova geração a realizar o sonho deles, porque é possível. Você tem que acreditar muito em você e fazer com amor que as coisas acontecem – conclui o tricampeão do mundo.