Fonte: Autoesporte
Depois de quase bater os R$ 7,30, o preço médio da gasolina no Brasil baixou em agosto e alcançou o menor patamar em um ano e meio. Segundo o levantamento mensal da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o litro da gasolina encerrou o oitavo mês do ano custando, em média, R$ 5,40. Esse preço é o menor valor para um mês desde fevereiro de 2021, quando o combustível custava, em média, R$ 4,95.
A expectativa é de que esses indicadores fiquem ainda melhores em setembro. Na primeira semana cheia do mês, o valor do litro apurado pela ANP no Brasil foi de R$ 5,04. Mas o que fez o preço da gasolina baixar tanto? Há mais de uma explicação. A alta nos preços foi acentuada com o começo da guerra na Ucrânia, em fevereiro deste ano. Na época, o valor do barril do petróleo do tipo Brent disparou, chegando perto de US$ 140. Apesar de o conflito estar longe do fim, a situação global parece ter se acalmado – atualmente, o barril vale pouco mais de US$ 90. Como desde 2016 a Petrobras segue a política de preços internacionais para determinar o valor da gasolina e do diesel nas refinarias, esses reflexos começaram a ser vistos nas bombas de combustível e no bolso dos brasileiros.
Antes mesmo de os preços caírem fora do Brasil, o governo federal anunciou uma medida para tentar conter os aumentos – limitar em 17% ou 18% a alíquota do ICMS sobre combustíveis. Na prática, porém, pouca coisa mudou. Assim que o preço do barril começou a cair lá fora, a Petrobras iniciou uma série de reduções na gasolina distribuída no Brasil. Desde 19 de julho, há menos de 50 dias, foram quatro. O resultado? Litro do combustível saindo R$ 0,78 mais barato das refinarias.
O que acontece agora?
Prever se a gasolina vai ficar mais cara ou mais barata daqui em diante é mais um exercício de adivinhação do que uma análise. Isso porque o barril de petróleo ainda segue 20% mais caro que antes da guerra na Ucrânia. Caso a situação se acalme na Europa, o valor pode recuar ainda mais, seguindo as tendências das últimas semanas. Porém, a redução do ICMS no preço dos combustíveis só vale até 31 de dezembro.