Fonte: G1
Dois em cada três brasileiros acreditam que o tempo de recuperação da economia brasileira vai passar de um ano. E diante desse cenário de crise e incerteza, 35% das pessoas pretendem reduzir o nível de consumo de bens e serviços em 2021, na comparação com o período pré-pandemia, e 41% devem manter, apontou a pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O estudo também traçou um panorama do auxílio emergencial. Dos entrevistados, 42% se cadastraram e conseguiram receber o auxílio emergencial do governo federal, enquanto 11% fizeram o cadastro, mas não receberam o auxílio. Outros 17% afirmaram que não se cadastraram porque não precisavam do auxílio e 30% porque não se encaixavam nas condições exigidas. Entre as pessoas que receberam o dinheiro, 17% afirmaram que a renda aumentou ou aumentou muito no período. A maior parte da população (49%) usou o auxílio emergencial para comprar alimentos, roupas, produtos de higiene, limpeza ou algum outro tipo de bem de consumo. Outros 30% pagaram contas de água, energia elétrica ou gás. Já 18% afirmaram que usaram o dinheiro para pagar dívidas. Apenas 2% guardaram o dinheiro do auxílio.
Retomada do consumo em 2021
Roupas, bolsas, acessórios e calçados, produtos para os quais a maior parte da população afirmou que reduziu o consumo durante a pandemia, devem registrar uma retomada em 2021. Um em cada quatro entrevistados diz que comprará mais esse tipo de produto no próximo ano, afirmou a CNI. O percentual fica em quarto no ranking de perspectivas de consumo para os próximos 12 meses, perdendo apenas para produtos de primeira necessidade como alimentos no supermercado (32%), produtos de limpeza (30%) e produtos de higiene pessoal (29%). Entre os motivos listados pelos entrevistados para reduzir o consumo em 2021 estão:
– 25%: Economia;
– 24%: Mudança de hábitos após a pandemia;
– 21%: Preocupação com a renda individual ou da família;
– 14%: Redução de consumo iniciada durante a pandemia.