Fonte: GaúchaZH
Com a chegada do Natal e do Ano-Novo, encontros de familiares, amigos e colegas de trabalho se acumulam. E, junto a isso, também surgem os gastos com alimentos e presentes. Neste ano, aliás, quem precisar ir as compras durante o mês de dezembro sentirá um peso maior no bolso. A razão é o aumento do preço de itens típicos de Natal e Réveillon.
Conforme pesquisa encomendada pela Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), os produtos de fim de ano estão, em média, 8,5% mais caros do que eram nas festas de 2018. Este número é quase três vezes maior do que a inflação acumulada dos últimos 12 meses, que está em 3,27%, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o aumento de preços é bem superior ao registrado pela mesma pesquisa em 2018, quando a alta era de 0,9%.
Segundo os dados apresentados pela Agas, este salto nos preços foi puxado, principalmente, pela elevação do dólar. O índice foi alavancado por produtos como pescados e bacalhau, que ficaram 12,5% mais caros, vinhos e eletrodomésticos (+10%) e itens de bazar (+8,6%). Nesta lista de compras, ainda existem outros itens que subiram de valor, mas ficaram abaixo da média de 8,5%. E, entre estes, está a carne bovina, que teve aumento médio de 7%. Ainda abaixo da média de aumento, os espumantes subiram 6,3%, e os brinquedos, 6,7%.
Vendas
Como é bem difícil desviar de todos os gastos de final de ano, mesmo com esse aumento nos preços, a Agas estima que os supermercados gaúchos terão um crescimento de 9,5% nas vendas de Natal e Ano-Novo, na comparação com o mesmo período do ano passado. Este número também é maior do que no ano passado, quando a expectativa de aumento das vendas era de 3,6%.
Parte do valor investido nas compras virá do pagamento do 13º salário, conforme a estimativa da Agas. Deste benefício, cerca de R$ 2,8 bilhões devem ser injetados, sobretudo, em compras de itens típicos para as festas, como aves natalinas, bombons, espumantes, lentilha, bebidas e presentes. Além destes produtos, o tradicional panetone deve ter cerca de 4 milhões de unidades comercializadas. O valor do produto varia de R$ 5 a R$ 100. A Agas calcula, ainda, o preço médio de produtos frequentemente presentes nas listas de compras. Com isso, é possível comparar dados de 2018 e 2019. O preço médio do quilo da costela bovina, por exemplo, foi de R$ 19,96 para R$ 20,59 — acréscimo de 5,26%.