Supermercados buscam alternativas para enfrentar alta da carne

19/11/2019
Preços sofrem aumentos desde o final de outubro

Preços sofrem aumentos desde o final de outubro

Causado pelo aumento da exportação de proteína animal para países como a China – que enfrenta prejuízos causados pelo surto de peste suína africana – e pela falta de matéria-prima, o preço das carnes bovina, suína e de frango subiu nos supermercados do Rio Grande do Sul. A situação pode ser percebida desde o final do mês de outubro. 
Em Dois Irmãos, os reajustes também já afetam os consumidores. “Nos anos anteriores, as exportações já ocorriam, mas começavam mais para o final do ano, perto do Natal”, destacou o diretor do Super Dois Irmãos, Mateus Pacheco Blauth, alegando, porém, que o aumento nunca foi tão alto. Segundo números da Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), o aumento, tendo como base os últimos 20 dias, é de 12%. “Conseguimos manter os preços até a quarta-feira da semana passada. Depois disso, tivemos que aumentar 10%. Foi inevitável”, lamentou Mateus. “Se houver novo aumento, teremos que repassar novamente”, completou. 
A previsão é de que os preços comecem a normalizar só em janeiro do ano que vem. “Antes, os fornecedores me passavam a tabela de preços a cada semana; hoje, isso ocorre praticamente todos os dias”, relatou. 


ALTERNATIVAS
Preocupado com a situação, o Super Dois Irmãos busca alternativas para diminuir o impacto no bolso dos clientes. “Estamos fazendo negociações a longo prazo, realizando pedidos maiores, mas em entregas fracionadas”, comentou Mateus, afirmando que o grupo de colaboradores também está sugerindo a substituição de algumas carnes. “Para economizar, o cliente pode substituir a proteína bovina por alguma outra ou por um corte mais em conta; ou ainda experimentar as carnes embaladas, que são tão boas quanto às do açougue”, sugeriu o diretor, garantindo que a procura por este produto vem crescendo significativamente. 


NEGOCIAÇÃO
Atuando com oito fornecedores de carne bovina, cinco de suína e outros cinco de frango, Mateus acredita que, pelo menos por enquanto, não seja afetado pela falta de mercadoria. “Isso pode ocorrer, mas só mais perto do Natal”, comentou, destacando que, para que não haja falta de produtos, são cogitadas, sim, negociações com novos fornecedores. “Na quarta da semana passada, um fornecedor avisou que não tinha matéria-prima no frigorífico, e imediatamente fomos atrás de outro”, completou, afirmando que a comercialização de carne representa 20% do faturamento do supermercado.


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