Cláudia Kunst (Foto: Milena Soares)
Trabalhando como produtora cultural há 20 anos, Cláudia Kunst destaca que o setor foi o primeiro a parar e será o último a retornar, uma vez que demanda, justamente, da aglomeração de pessoas. “A área cultural lida com entretenimento, então, obviamente será o último setor da cadeia econômica no Brasil e no mundo a voltar à real atividade”, comenta Cláudia.
De acordo com a produtora, o momento exige mudanças. “A gente, que trabalha com arte e produção cultural, precisa ser criativo e achar soluções; acho que isso se aplica a todos os setores, mas a área artística, especialmente, precisa se moldar um pouco”, diz ela, afirmando que é preciso fugir do convencional. “Nossa área está tendo que se renovar, tendo que se adaptar em vários aspectos, especialmente na internet”, conta, citando o exemplo das lives, que se tornaram muito comuns durante o período de isolamento social. “Eu mesma estou fazendo algumas entrevistas com parceiros, colegas de trabalho. Tenho o projeto Metal Sul, onde entrevisto artistas, justamente para que não caiam no esquecimento, já que estão parados em razão da pandemia”, completa.
Cláudia comenta também sobre os reflexos no seu próprio dia a dia. “Estou planejando, fazendo projetos, pensando em alternativas para lidar com essa situação, porque, obviamente, financeiramente falando, fui impactada diretamente por tudo isso”, diz ela, acreditando que essa seja uma das saídas mais interessantes nesse momento. “A grande sacada, virada, será justamente essa; quem for criativo, quem planejar, se organizar, se adaptar, terá um fluxo um pouco mais tranquilo na retomada da economia”, reforça, contando que muitas das bandas com as quais trabalha estão fazendo justamente isso. “Estão planejando, escrevendo música, compondo, ou seja, não estão criativamente paradas nesse momento”, finaliza.