(Foto: Divulgação / PMDI)
Por que as pessoas jogam o lixo no chão e não nas lixeiras? Foi essa pergunta que os alunos da turma do Nível B2 da escola de educação infantil Heda Alves Nienow fizeram ao retornar de um passeio pelo bairro São João, quando perceberam lixo espalhado nas vias públicas, galhos e entulhos descartados de forma irregular. Com o questionamento, as professoras da turma, Patrícia Herbert e Maria Lizete Boesing, tiveram a ideia de lançar o projeto Mundinho, vamos cuidá-lo?!, com o apoio da coordenadora pedagógica Berenice Ody.
Segundo as professoras, o projeto visa fomentar nos pequenos o respeito e o cuidado com o meio ambiente, procurando despertar a autonomia, responsabilidade e criticidade. “O projeto surgiu a partir de uma caminhada feita nas proximidades da escola, e tomou uma proporção maior com o apoio da comunidade escolar. Dentro do projeto, abordamos de forma lúdica a temática do lixo e as ameaças para o meio ambiente; visitamos a Usina de Reciclagem, criamos jogos e brinquedos lúdicos com materiais reciclados, arrecadamos caixinhas de leite com a comunidade escolar para a construção de uma casinha, assistimos a filmes que abordam o tema, fizemos um jardim suspenso e atividades de integração com outras unidades escolares do município”, conta Patrícia.
E o projeto ainda não chegou ao fim. “A próxima etapa é a confecção de sacolas ecológicas com reaproveitamento de sacos de ração. O encerramento será com o plantio de uma árvore no pátio da escola, legado que queremos deixar para as próximas gerações”, comenta Lizete. O projeto segue a metodologia de ensino do programa A União Faz a Vida, da Cooperativa Sicredi. A colaboração da comunidade escolar em arrecadar caixas de leite e a participação de um pai para construir a estrutura da casa foi essencial e veio de encontro à metodologia denominada de Comunidade de Aprendizagem.
A pedagoga Berenice acredita que está sendo semeada uma mudança cultural com as crianças e a conscientização dos adultos. “Educação é um processo gradativo de mudança de cultura. Como educadores, estamos buscando fazer nossa parte para manter o planeta”, conclui.