Fonte: G1
A economia brasileira fechou 43.196 empregos com carteira assinada em março deste ano, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quarta-feira (24) pelo Ministério da Economia. O saldo é a diferença entre as contratações (1.216.177) e as de demissões (1.304.373) no período.
Esse foi o primeiro resultado negativo em três meses. A última vez que o Brasil havia registrado demissões foi em dezembro do ano passado, com o fechamento de 341.621 postos com carteira assinada. O resultado surpreendeu os analistas do mercado financeiro, que estimavam nova abertura de vagas no mês passado. Esse também foi o pior saldo para meses de março desde 2017, quando 62.624 trabalhadores foram demitidos. No mesmo mês do ano passado, foram registradas 56.151 contratações.
PRIMEIRO TRIMESTRE
Os números oficiais do governo mostram também que, nos três primeiros meses deste ano, foram criados 179.543 empregos com carteira assinada. Já nos últimos 12 meses, segundo o Ministério do Trabalho, foi registrada a criação de 472.117 postos de trabalho formais. Com o resultado de março, o estoque de empregos estava, no final daquele mês, em 38.590 milhões de vagas, contra 38.118 milhões no mesmo mês de 2018.
POR SETORES
Os números do governo revelam que, em março, houve fechamento de vagas em cinco dos oito setores da economia. O maior número de empregos criados aconteceu no setor de serviços. Já o comércio foi o setor que mais demitiu. Confira os números: Indústria de Transformação -3.080, Serviços +4.572, Agropecuária -9.545, Construção Civil -7.781, Extrativa Mineral +528, Comércio -28.803, Administração Pública +1.575 e Serviços Industriais de Utilidade Pública -662.
DADOS REGIONAIS
Segundo o governo, houve fechamento de vagas formais, ou seja, com carteira assinada, em todas as regiões do país em março deste ano: Sudeste -10.673, Sul -1.748, Centro-Oeste -1.706, Norte -5.341 e Nordeste -23.728. O governo informou ainda que, das 27 unidades federativas, 19 tiveram saldo negativo (fechamento de empregos formais) em março deste ano. Os maiores saldos positivos de emprego ocorreram em Minas Gerais (+5.163), Goiás (+2.712) e Bahia (+2.569 vagas). Os maiores volumes de demissões foram registrados em Alagoas (-9.636), São Paulo (-8.007) e Rio de Janeiro (-6.986).
SALÁRIO MÉDIO
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 1.571,58 em março. Em termos reais (após a correção pela inflação), houve queda de 0,51%, ou R$ 8,1, no salário de admissão, na comparação com o mesmo mês de 2018. Em relação a fevereiro de 2019, porém, houve uma alta real de 0,12%, ou de R$ 1,92, no salário médio de admissão, informou o Ministério da Economia.
RIO GRANDE DO SUL
Na contramão do país, o Rio Grande do Sul contratou mais do que demitiu em março. O Estado abriu 2.439 vagas de emprego formal no mês, resultado de 105.841 admissões e 103.402 desligamentos. No acumulado do ano, com três meses no positivo, o Estado tem saldo de 37.958 novos postos de trabalho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pela Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia na manhã desta quarta-feira (24). O RS ficou com a quarta melhor variação entre os Estados.
A indústria da Transformação lidera entre os setores no Estado, com +6.180 postos. Na sequência, figuram Comércio (+1.163) e Serviços (+85). Na parte de baixo da lista, o resultado negativo mais expressivo ficou com a Agropecuária (-3.107 vagas), e com a Construção Civil (-1.784). Entre os municípios, Santa Cruz do Sul (+3.328) e Venâncio Aires (+1.392), no Vale do Rio Pardo, registraram os melhores resultados e março. Porto Alegre amargou o segundo pior resultado entre as cidades gaúchas, com fechamento de 1.459 postos. A Capital perdeu apenas para Vacaria (-3.150), na Serra.