Avenida São Miguel deserta na manhã desta quinta-feira
A entrevista com a prefeita Tânia da Silva, veiculada nesta quarta-feira (25), causou grande repercussão nas redes sociais. O vídeo ao vivo foi assistido por mais de 800 pessoas simultaneamente. Além disso, teve mais de 450 comentários, mais de 400 compartilhamentos, 12 mil visualizações e mais de 25,5 mil pessoas alcançadas.
A conversa com o editor do JDI, Alan Caldas, abordou questões como a permissão para lojas realizarem tele-entrega e a prorrogação dos prazos de vencimento do IPTU 2020. Tânia também respondeu a perguntas e ouviu desabafos de pessoas preocupadas com o futuro da economia local em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Confira mais alguns tópicos da entrevista:
Empreendedores temem “quebradeira”
Um contribuinte desabafou:
“Enquanto isso as empresas demitem, sem ter o que fazer, e nós, que somos pequenas empresas, vamos quebrar, pois não temos como pagar o pessoal parado”.
- E tem razão. Esse mesmo desabafo é nosso. Também não sabemos como vai ser aqui na prefeitura no mês de outubro. Com o comércio e a indústria fechados, a nossa arrecadação diminui. Diminui nosso ICMS, diminui o número de pessoas indo ao mercado, diminui o número de pessoas consumindo... – disse a chefe do Poder Executivo.
Outro contribuinte disse:
“Sou microempreendedor, trabalho de dia para comer à noite. O que eu faço, prefeita?”
- Sabemos que as medidas que tomamos são duras, são terríveis. Sabemos também o quanto cada um será afetado. Todos nós vamos sair perdendo de alguma forma. No entanto, quanto mais cedo enfrentarmos essa pandemia e sairmos dessa crise, melhor será. O que mais nos preocupa é tomar uma decisão de menosprezar a doença e achar que não é tanto assim, pois não existe tratamento específico para o coronavírus.
Decreto de calamidade pública é questionado
Um morador comentou que Dois Irmãos teria ido ‘na onda’ de outras prefeituras, ao decretar calamidade pública de 30 adias. “Deixem alguns comércios e indústrias voltarem, ainda que com o quadro reduzido”, escreveu.
- Temos que ter equilíbrio. Se vocês lembrarem, uma semana atrás estava todo mundo implorando para parar. Não foi uma nem duas ligações que recebemos, inclusive denunciando atelieres que estavam funcionando, denunciando empresas que não queriam parar, denunciando que nós só estávamos preocupados com os empresários e não com os funcionários. Isso mostra como as coisas mudam. Cabe a nós ver como serão os pronunciamentos em nível federal e estadual, como serão feitos os próximos decretos. Eu gostaria que o município voltasse a trabalhar a pleno, mas não é assim que funciona – respondeu a prefeita Tânia.