Fonte: Autoesporte
Já faz algum tempo que noticia-se os consecutivos aumentos no preço do combustível, cujo litro da gasolina, aliás, já passou dos R$ 7 em quatro estados do país. O valor elevado pago na hora de encher o tanque gerou uma mudança na forma de locomoção dos brasileiros: a troca do carro pelo transporte público e a procura por outras alternativas, como bicicleta e até andar a pé.
É isso o que aponta uma pesquisa realizada pela Webmotors Autoinsights, que mostrou que 31% dos entrevistados precisaram alterar a rotina e a forma como se deslocam. Desse total, 22% passaram a andar mais a pé e 21% optaram por investir em uma moto, tendo em vista que é um transporte individual mais econômico, acessível e que consegue superar melhor os congestionamentos. Por outro lado, essa procura resultou em um recorde de acidentes envolvendo motos entre 2020 e 2021. Todavia, até mesmo quem faz o uso da moto precisou escolher outra forma de locomoção. Neste caso, as principais alternativas para os motociclistas foram as bicicletas (33%) e carros por aplicativo, para 22% do grupo.
Outra pesquisa, desta vez realizada pela Rede Nossa São Paulo na capital paulista, chegou a uma conclusão parecida sobre a utilização do carro. Mesmo quem tem um veículo, passou a usá-lo com menor frequência e preferiu viajar com transportes alterativos. É o caso do representante comercial Donizete Ramos, de 52 anos, que percorria todo dia cerca de 80 km entre Santo André e São Paulo. Com a disparada no preço do combustível, optou há três meses por deixar o carro em casa e utilizar transporte público para fazer seu trajeto diário.
Ramos faz parte dos 35% dos motoristas que diminuíram o uso do automóvel em virtude do valor do combustível. Em 2020, essa razão era apontada por apenas 4% dos entrevistados. A diferença no bolso foi sentida em pouco tempo. “Minha redução de custo gira em torno de 30%. Para mim foi bem viável”, comenta.
Pessoas passaram a andar mais a pé
Como uma forma de evitar aglomerações, mais pessoas preferiram fazer seu trajeto a pé, ante a utilizar ônibus, carro ou metrô. O número que correspondia a 15% dos entrevistados em 2020, subiu para 20% neste ano.