Astor Ranft, diretor da Pegada
A variação do dólar não atinge a todos da mesma forma. A empresa de calçados Pegada, por exemplo, optou por exportar a própria marca, Pegada, que atualmente é vendida em lojas de 60 diferentes países.
Astor Ranft, diretor da indústria, disse que na exportação a empresa trabalha com dólar de médio prazo. Com isso, afirma ele, não ocorre a alteração de preço para o comprador lá no exterior. “Trabalhamos com a política de preço estável, pois sem isso não se consegue implantar a marca no mercado internacional”, comenta. A Pegada exporta 10% da sua produção, e não altera preço no exterior. De fato, a empresa banca o preço quando existe baixa. Astor diz que essa oscilação cambial que ocorre aqui não pode chegar ao comprador lá fora. “Mantemos nosso preço constante”, informa o empresário dois-irmonense.
Dentro dessa perspectiva de negócio, o comprador não sofre a repercussão da oscilação cambial que a empresa sofre aqui. A Pegada escolheu uma faixa de preço para a marca no mercado internacional e a mantém. Se o dólar aumenta ou baixa aqui no Brasil, a empresa ganha ou perde, mas o comprador da Pegada no exterior não sente a diferença, porque a empresa sustenta o preço, mesmo perdendo. “É a política de implantação de uma marca estável”, completa Astor.